Michelle visita museu que homenageia vítimas do apartheid na Cidade do Cabo

Primeira-dama americana foi obrigada a cancelar planos de visitar prisão-ilha de Robben Island, onde Mandela esteve preso, devido ao mau tempo

 

Em visita à África do Sul, a primeira-dama americana, Michelle Obama, visitou nesta quinta-feira o District Six Museum, que homenageia as vítimas da segregação racial forçada durante o apartheid, na cidade litorânea da Cidade do Cabo.

A visita de Michelle ao museu substituiu a tão esperada ida da primeira-dama à prisão-ilha de Robben Island, onde o regime do apartheid deteve centenas de presos políticos.

Ventos fortes e fortes ondulações no mar, típicas do inverno da Cidade do Cabo, obrigaram as autoridades da comitiva de Michelle a cancelar a viagem de ferry de cerca de 12 km até à ilha onde Nelson Mandela esteve preso durante 18 anos.

Depois do museu, com quem se encontrou com o ex-prisioneiro político Ahmed Kathrada (colega de Mandela na prisão), Michelle seguiu com as filhas para um almoço com comida típica. De lá, ela foi para a Universidade da Cidade do Cabo para um encontro com cerca de 50 estudantes. Em discurso, a primeira-dama ressaltou esforços dos estudantes para conseguir chegar até a universidade e ressaltou aos alunos que eles não devem olhar a universidade como um lugar estranho.

Nesta quinta-feira, Michelle também esteve com o arcebispo anglicano Demond Tutu, um dos líderes da luta pela igualdade racial no país e Nobel da Paz em 1984, com quem participou de um evento beneficente para prevenção contra o HIV, no Estádio da Cidade do Cabo.

Tour

Na quarta-feira, a primeira-dama dos EUA prestou homenagem às vítimas do apartheid ao visitar o bairro de Soweto, na África do Sul. Ela fez um pronunciamento para jovens mulheres de toda a África na igreja Regina Mundi, que se tornou um marco no levante de Soweto, em 1976, quando mais de 600 morreram em confrontos entre manifestantes negros e forças de segurança.

Michelle visitou as instalações da fundação criada por Mandela tendo com a esposa do líder antiapartheid Graça Machel como guia, na terça-feira. Em seguida, encontrou-se com o ex-presidente sul-africano e ícone da luta antiapartheid, que tem 92 anos, em sua residência em Houghton, subúrbio de Johanesburgo.

A viagem à África do Sul é a segunda solo da primeira-dama americana ao exterior desde que seu marido, o presidente Barack Obama, assumiu o cargo em janeiro de 2009. Depois da África do Sul, Michelle segue para Botswana. Ela viaja na companhia de suas filhas, Sasha e Malia, sua mãe, um sobrinho e uma sobrinha.

 

Fonte: iG

+ sobre o tema

Fome extrema aumenta, e mundo fracassa em erradicar crise até 2030

Com 281,6 milhões de pessoas sobrevivendo em uma situação...

Presidente de Portugal diz que país tem que ‘pagar custos’ de escravidão e crimes coloniais

O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, disse na...

O futuro de Brasília: ministra Vera Lúcia luta por uma capital mais inclusiva

Segunda mulher negra a ser empossada como ministra na...

Desigualdade ambiental em São Paulo: direito ao verde não é para todos

O novo Mapa da Desigualdade de São Paulo faz...

para lembrar

Serra sem nenhum brilho

Por: Gilberto Dimenstein   Não é fácil avaliar a...

Globo humilha Negros no Mês da Consciência Negra

Fonte: Água Preta- Por Maria Júlia Nogueira, Secretária...

Mudança sem mudar

A inspiração para esta crônica surgiu de uma postagem que...

Foi a mobilização intensa da sociedade que manteve Brazão na prisão

Poucos episódios escancararam tanto a política fluminense quanto a votação na Câmara dos Deputados que selou a permanência na prisão de Chiquinho Brazão por suspeita do...

MG lidera novamente a ‘lista suja’ do trabalho análogo à escravidão

Minas Gerais lidera o ranking de empregadores inseridos na “Lista Suja” do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A relação, atualizada na última sexta-feira...

Conselho de direitos humanos aciona ONU por aumento de movimentos neonazistas no Brasil

O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), órgão vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, acionou a ONU (Organização das Nações Unidas) para fazer um alerta...
-+=