Festival de Direitos Humanos leva 70 mil ao Ibirapuera

Terceira edição de evento realizado pela gestão Haddad acabou ontem com shows de Racionais, Elza Soares, Criolo, Ava Rocha e Ney Matogrosso. Suplicy comemora crescimento anual

Por Rodrigo Gomes, da RBA

São Paulo – O encerramento do 3º Festival de Direitos Humanos da Cidade de São Paulo, realizado na tarde de ontem (13), no Parque do Ibirapuera, reuniu cerca de 70 mil pessoas, segundo levantamento da Guarda Civil Metropolitana (GCM). “Tinha pelo menos o dobro de gente que havia na Avenida Paulista”, destacou o secretário municipal de Direitos Humanos, Eduardo Suplicy, avaliando que em três anos o festival tem crescido muito em participação e atividades. “Tem sido fantástico. É muito gratificante ver a participação das pessoas”, disse.

Na tarde de ontem, a Avenida Paulista recebeu cerca de 40 mil pessoas, segundo o Instituto Datafolha, que protestaram a favor do impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Mesmo contando com sete trios elétricos e apoio da mídia comercial, o evento teve pequena participação. Em março, 240 mil pessoas participaram de ato organizado pelos mesmos grupos, com o mesmo objetivo.

Para Suplicy, uma metrópole como São Paulo precisa de um debate constante sobre direitos humanos, pois, “infelizmente”, há violações aos direitos fundamentais com certa frequência. “Por isso, é muito importante haver conscientização da população sobre a Declaração Universal dos Direitos Humanos e também sobre o artigo 5º da nossa Constituição”, ressaltou.

d955ba57-3bdf-4a50-add4-8702e994cb9e

Suplicy chegou a subir ao palco ontem, durante apresentação do grupo de Rap Racionais MC’s. Ele foi chamado ao palco por Mano Brown, que o considera “um cara de respeito” e acompanhou as músicas Negro Drama e Vida Loka Parte 2. O rapper definiu o momento atual como “conturbadíssimo”, em que é preciso cuidado com o “individualismo”. Em seguida, o ex-senador cantou Blowin in the Wind, do cantor norte-americano Bob Dylan.

Além do show de encerramento, milhares de pessoas participaram dos sete dias de evento que contou com exposições, exibição de filmes, peças teatrais, debates, shows e a entrega dos prêmios Educação em Direitos Humanos e Dom Paulo Evaristo Arns, este último concedido à ex-prefeita da capital paulista e atual deputada federal Luiza Erundina (PSB).

Outro produto do festival é o calendário Minha Cidade, para o ano de 2016, ilustrado com fotos feitas por pessoas em situação de rua. “Foram distribuídas 100 câmeras para que cada um fotografasse aquilo que considera importante na cidade. Foram mais de 2 mil imagens, das quais foram selecionadas 13”, disse Suplicy.

+ sobre o tema

para lembrar

CRM absolve médicos condenados por venda de órgãos

  Carlos Eduardo Cherem Os médicos Cláudio Rogério...

Saúde da População Negra e Racismo institucional foi debatido no HU

A pesquisadora Maria Inês Barbosa, doutora em Saúde Pública...
spot_imgspot_img

Confira a lista de selecionades para o curso Multimídia e Estética

Foram 101 inscrições de 16 estados diferentes do Brasil. Em uma escolha difícil, a comissão avaliadora selecionou todos os candidatos que estavam aptos, de...

‘Enem dos Concursos’ será aplicado no próximo domingo (5); confira cronograma completo

A prova do Concurso Nacional Unificado (CNU), o chamado 'Enem dos concursos", será aplicada no próximo domingo (05), em 228 municípios. O concurso oferece 6.640 vagas...

Comissão Arns apresenta à ONU relatório com recomendações para resgatar os direitos das mulheres em situação de rua

Na última quarta-feira (24/04), a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos D. Paulo Evaristo Arns – Comissão Arns, em parceria com o Movimento Nacional...
-+=