Saúde da População Negra e Racismo institucional foi debatido no HU

A pesquisadora Maria Inês Barbosa, doutora em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo e professora aposentada do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), proferiu, hoje de manhã, no Anfiteatro do HU, a conferência “Racismo e Saúde da População Negra”, no Anfiteatro do HU.

A promoção foi do Laboratório de Estudos e Cultura Afro-Brasileiros (Leafro), do Núcleo de Estudos Afro-Asiáticos (NEEA) da UEL, em parceria com a Promotoria Pública/GT de Combate ao Racismo e a Secretaria Municipal de Saúde.

A abertura do evento, às 8 horas, teve a presença, entre outros, do promotor Paulo Tavares, da reitora em exercício Berenice Quinzani Jordão, do secretário municipal da Saúde Francisco Eugênio Alves de Souza e de representantes das entidades promotoras e vereadores.

Para a coordenadora do evento, professora Maria Nilza da Silva, do Leafro, a realização do evento foi possível graças à parceria com o Grupo de Trabalho de Combate ao Racismo, do Ministério Público (MP), e com base em estudos realizados que indicam, entre outros, a precocidade de óbitos e o alto índice de violência urbana que incidem sobre a população negra.

O promotor Paulo Tavares, um dos coordenadores do evento, ressaltou que o GT de Combate ao Racismo, do MP, agrega diversas instituições e vem alterando, com eventos como a de hoje, situações a favor dos discriminados. “Estamos construindo estratégias para isso, com base em três eixos: educação, saúde e segurança pública”, diz.

A reitora em exercício destacou que entidades como o Leafro e o Núcleo de Estudos da Cultura Afro-Brasileira (NEAA), da UEL, em parceria com o MP, vêm disponibilizando mais conhecimentos e discussões, possibilitando avanços em lutas contra o racismo e discriminações. “Temos como princípio de administração da instituição o direito de as pessoas serem tratadas com dignidade e respeito, o princípio de que o ser humano deve estar sempre em primeiro lugar”, frisou. “Aqui a desigualdade é levada em conta como fator enriquecedor do ser humano”, complementou.

Saúde pública e racismo institucional foi debatido no HU

 

Em seguida à abertura, Maria Inês Barbosa fez a conferência e participou de debate com os presentes. Além de sua reconhecida importância no meio acadêmico, Maria Inês Barbosa é também um nome de referência quando se pensa em políticas públicas de saúde para negros e mulheres brasileiros. Depois de integrar, entre 2007 e 2010, a equipe do Fundo das Nações Unidas para a Mulher (UNIFEM Brasil), atual ONU Mulheres e ser assessora regional para a Diversidade Cultural e Saúde da Organização Pan-Americana de Saúde em Washington, é atualmente consultora nacional da Organização Pan-Americana de Saúde no Brasil.

O evento teve apoio do Centro de Letras e Ciências Humanas, do Departamento de Ciências Sociais, do Mestrado em Ciências Sociais e do curso de especialização em Ciências Sociais da UEL.

Fonte: Agência UEL de Notícias

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