Fonte: O Documento –
Com o objetivo de promover um grande encontro de grupos, artistas, movimentos e entidades dedicadas à cultura negra, o mês de novembro torna-se em Cuiabá o Novembro Negro. O evento conta com o apoio institucional da Secretaria de Estado de Cultura (SEC), por meio do Programa de Intercâmbio Cultural, e algumas ações com o apoio do Conselho Estadual de Cultura, por meio do Programa de Apoio à Cultura (Proac). Segundo seus idealizadores, o projeto Novembro Negro é uma fonte de inspiração e fomento à cultura negra para discutir e trabalhar a conscientizar da sociedade sobre a importância do povo negro e de sua cultura na formação da população brasileira.
A programação inicia no próximo dia 05 de novembro com intervenções urbanas a partir do Grafite. A proposta é colorir e divulgar a arte mato-grossense, promovendo a interação da comunidade. Os artistas produzirão telas de grafite até o dia 16 de novembro em oito pontos da cidade. Do dia 19 ao 21 acontece a Mostra de Filmes Negros, sempre das 19 h às 21h no auditório do Centro Cultural da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Na abertura da mostra, às 19h do dia 16, ocorrerá uma apresentação do Grupo Cultural de Dança Afro Ayoluwa, uma realização de Terra do Sol Empreendimentos Culturais. A atividade é gratuita.
No dia 19, o Novembro Negro entrega o Prêmio “Macário” voltado às pessoas que defendem o respeito e cultivo das tradições afro descendentes, seja pela cultura, empreendedorismo e manutenção do patrimônio material e imaterial. O nome do prêmio é uma homenagem ao valente guerreiro que comandou a luta pelo reconhecimento do quilombo de Mata Cavalo. A cerimônia de entrega será, as 21h, logo após exibição do curta que conta um trecho dessa história de luta e o relato dos quilombolas conta quem foi Macário. Em seguida, às 22h, será a vez de Luciana Bonfim presentear o público com o show Tributo a Clara Nunes. Às 23h30 começa Kizumba, uma palavra que nasceu da expressão – Kizomba que era também a festa do povo negro que resistiu bravamente à escravidão. Numa super estrutura criada especialmente para esse momento, no Parque Aquático da UFMT que conta com praça de alimentação e pista de skate. O público poderá visitar, ainda, a Feira Mix – Negra, com exposição de artes e artesanato, e comercialização de roupas, bijuterias, livros, CDs e DVDs.
O auge do evento acontece no dia 20 novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, com o Ritmo dos Tambores e show de Percussão do Instituto Mandala, às 18h, no largo da Igreja São Bendito, que terá participação do Grupo Cultural de Dança Afro Ayoluwa, grupo Batuque Nauá, Dj Spinha, Crew Gravidade Zero e convidados.
O Festival Dekebra, que reúne B.boys, dançarinos, coreógrafos e profissionais da dança de rua, militantes da cultura Hip Hop de todo o Brasil da Batalha de Break dance, fecha a programação no dia 21 de novembro. Entre outras atividades do dia 21, estão o Encontro de Dançarinos e Profissionais da Dança, o Encontro de Rebolation, a Batalha de B.boys intercalado com a Mostra Não Competitiva de Dança de Rua e Pocket Shows – Grupos de Rap.
SHOW NACIONAL
Para encerrar as atividades do novembro negro no dia 21, o público poderá prestigiar apresentação da Quelinah, MC Cabal, Grupo VMG e DJ MK . Após o show, segue a programação com Djs de Black Music entre eles o Dj Spinha idealizador do Festival Dekebra. Numa super estrutura montada no Parque Aquático da UFMT, que conta com praça de alimentação e pista de skate . O público poderá visitar ainda a Feira Mix – Negra, com exposição de artes e artesanato e comercialização de roupas, bijouterias, livros, CDs e DVDs.
ORGANIZADORES
O Novembro Negro é realizado pelo Instituto Mandala e o Coletivo de Hip Hop- Maloca, em parceira da Terra do Sol Empreendimentos Culturais e Gaepac Pró-yby que vem realizando trabalhos na área cultural, esportiva, educacional, ambiental e inclusão social. O coletivo Maloca trabalha na Grande CPA e atende a comunidade em geral de mais de 50 bairros adjacentes. Já o Instituto Mandala trabalha na Região Sul com mais 94. Entre outras ações, realizou atividades de continuidade e de promoção a cultura negra no bairro com maior índice de população negra na capital: o Pedra 90.
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