Ministro Paulo Vanucchi diz que aumento de número mortos pela polícia em São Paulo é ‘preocupante’

O ministro Paulo Vanucchi, secretário nacional dos Direitos Humanos, disse em entrevista ao UOL Notícias que é “preocupante” o crescimento no número de mortos pela polícia de São Paulo.

Desde março, quando o assumiu o novo secretário de Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto, São Paulo vem registrando um aumento nos casos das chamadas “resistências seguidas de morte”.

Segundo dados publicados pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, houve até outubro deste ano 499 casos de resistência seguidas de morte, número 34% maior do que o dos 12 meses do ano passado, 431.

Na semana passada, a Organização Não Governamental Human Rights Watch publicou o relatório “Força Letal: Violência Policial e Segurança Pública no Rio de Janeiro e em São Paulo”, que registra um total de 11 mil casos de resistência seguida de morte nos Estados do Rio e de São Paulo.

Parte delas, na avaliação da ONG, pode ser de casos de “execuções extrajudiciais”. A secretaria contesta a avaliação e diz que violência policial caiu pela metade desde 2003.

 

Para o ministro, os números preocupam porque São Paulo era o “bom exemplo” diante do Rio, porque vinha reduzindo o número de mortes nesses confrontos. “Se isso reflete a mudança na secretaria de Segurança no Estado, é um mal sinal.”

“A boa polícia não é a que mata mais, mas a que faz declinar as ocorrências. O que tem ocorrido no Rio e em São Paulo é que tem havido uma elevação grave, no Rio continuamente, em São Paulo tinha melhorado, voltou a piorar? Elevam-se os números de mortes, mas não há uma correspondente queda nas ocorrências”, disse o ministro.

 

Vanucchi fez questão em vários momentos da entrevista de afirmar a importância da polícia na defesa dos direitos humanos.

“Segurança pública é direito humano. É para quebrar de vez o velho bloqueio do período ditatorial, de que polícia é repressão. A polícia faz um trabalho essencial para os direitos do cidadão, que é impedir que as pessoas sejam vitimas de assaltos, balas perdidas, homicídios”, completou.

Veja a íntegra da entrevista com Paulo Vanucchi

Fonte: UOL

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