Empate entre candidatos do PT e PSDB ao Planalto é inédito em início de campanha

Por: Wanderley Preite Sobrinho


Com exceção de 1994, quem esteve na frente em julho ganhou a eleição

O empate técnico nas pesquisas eleitorais entre os principais candidatos à Presidência no mês de julho – quando a campanha eleitoral começa oficialmente – é inédito desde que PT e PSDB polarizaram a disputa a partir de 1994, a segunda eleição direta para presidente desde a redemocratização do Brasil. De acordo com a última pesquisa divulgada pelo Ibope, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) estão empatados com 39% das intenções de voto.

 

Com exceção de 1994, quando o hoje presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparecia na frente, quem liderou as pesquisas em julho ganhou as eleições. Naquela pesquisa Datafolha, 36,5% do eleitorado declaravam voto em Lula, contra 21,6% que diziam preferir o tucano Fernando Henrique Cardoso, que reverteu a tendência e venceu a disputa.

 

A partir de 1998, no entanto, quem liderou, venceu. FHC, reeleito naquele ano, levou a faixa presidencial depois de passar pelo mês de julho com 42% das intenções de voto contra 25% de Lula, de acordo com o Ibope.

 

Em 2002, Lula finalmente chegou à vitória depois de cravar 38% em julho, seguido por Ciro Gomes (PSB), com 20%, e José Serra (PSDB), com 18%, dizia o Datafolha.

 

Na eleição seguinte, Lula foi reeleito depois de iniciar oficialmente a campanha em julho com 32% das intenções, segundo o Ibope. Atrás dele, Geraldo Alckmin atingia 14%.

 

Apesar do empate de julho, Serra foi o candidato que por mais tempo liderou as pesquisas. De fevereiro até julho, ele cresceu três pontos percentuais, de 36% para 39%, enquanto Dilma escalou 14 pontos percentuais ao pular de 25% para 39%.

 

Para o cientista político Rui Tavares Maluf, a história política de Serra garantiu que ele mantivesse o mesmo patamar de votos apesar do crescimento de sua principal rival.

 

– Serra é um candidato muito forte e conhecido nacionalmente. Ele foi ministro, senador, prefeito, governador e pertence a um partido que já foi governo.

 

Ele diz que, por enquanto, Dilma não vai “necessariamente crescer sobre o Serra, nem ele cair em razão da subida dela”.

 

– De alguma maneira, eles tenderão a crescer sobre uma faixa do eleitorado chamada de indecisos e voto em branco.

 

Sobre o crescimento de Dilma, o especialista diz que os votos vieram principalmente da popularidade do presidente Lula.

 

– Ele [Lula] está procurando vincular seu nome ao da Dilma. O voto é o de reconhecimento ao presidente, ainda não é um voto para Dilma ou para o PT.

 

Ele diz que “agora é que começa a incógnita” porque serão os debates que podem definir os votos dos eleitores mais politizados.

 

– Será nos debates que os eleitores começarão a prestar mais atenção em suas opções. Ainda há espaço tanto para Dilma quanto para Serra perder votos. Não vai bastar dizer que a Dilma é a candidata de Lula.

 

 

Fonte: R7

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