EUA estudarão recomendações da ONU, mas manterão pena de morte

O governo dos Estados Unidos se comprometeu a estudar algumas das mais de 200 recomendações que o Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou nesta terça-feira, mas mantém a defesa da pena de morte e afirma que investigou todos os abusos no Iraque e no Afeganistão.

Na última sexta-feira, os EUA foram submetidos ao Exame Periódico Universal de Direitos Humanos, que todos os membros da Organização devem passar a cada quatro anos. O relatório adotado pelo Conselho contém 228 recomendações editadas por dezenas de países.

Do total, mais de 50 recomendações pedem à Administração do presidente americano, Barack Obama, que ratifique diferentes tratados e convenções internacionais relativas a direitos humanos.

“Embora respeitemos àqueles que redigiram as recomendações, esclarecemos que a decisão de pena de morte reflete nas diferenças políticas e não nas diferenças autênticas que as leis internacionais exigem”, esclareceu o assessor legal do Departamento de Estado, Harold Hongju Koh.

Nesse sentido, Koh adiantou que sob a Constituição Americana, a ratificação de tratados requer a aprovação do Executivo e o consentimento do Senado, exigindo uma maioria de dois terços dos votos.

Washington recebeu diversas recomendações para que qualifique a tortura como crime federal, além de parar com os abusos por parte das Forças americanas nas prisões no Iraque e no Afeganistão.

“As alegações de abusos no passado detidos pelas Forças americanas no Iraque, Afeganistão ou na base americana de Guantánamo foram investigadas e as medidas necessárias já foram adotadas”, assegurou Koh.

Washignton tem até março de 2011 para estudar os pedidos e divulgar uma resposta oficial ao Conselho.

Na última sexta-feira, os EUA receberam uma avalanche de críticas por sua política de direitos humanos, quando uma delegação americana formada por mais de 30 pessoas apresentou o relatório de seu país.

 

Fonte: Terra

+ sobre o tema

Mulheres em cargos de liderança ganham 78% do salário dos homens na mesma função

As mulheres ainda são minoria nos cargos de liderança...

‘O 25 de abril começou em África’

No cinquentenário da Revolução dos Cravos, é importante destacar as...

Fome extrema aumenta, e mundo fracassa em erradicar crise até 2030

Com 281,6 milhões de pessoas sobrevivendo em uma situação...

para lembrar

Pochmann: “sociedade que deu origem ao PT não existe mais. Estamos com um retórica envelhecida”

Estamos vivendo uma mudança de época profunda na história...

Fim da era dos movimentos sociais brasileiros

Fonte: Folha de São Paulo - por: RUDÁ RICCI...

O Artista

Dizem que não se pode, você não sabe fazer....

Os jornalistas tucanos, por Marcos Coimbra

Quando, no futuro, for escrita a crônica das...

Presidente de Portugal diz que país tem que ‘pagar custos’ de escravidão e crimes coloniais

O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, disse na terça-feira que Portugal foi responsável por crimes cometidos durante a escravidão transatlântica e a era...

O futuro de Brasília: ministra Vera Lúcia luta por uma capital mais inclusiva

Segunda mulher negra a ser empossada como ministra na história do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a advogada Vera Lúcia Santana Araújo, 64 anos, é...

Desigualdade ambiental em São Paulo: direito ao verde não é para todos

O novo Mapa da Desigualdade de São Paulo faz um levantamento da cobertura vegetal na maior metrópole do Brasil e revela os contrastes entre...
-+=