Neymar dá sua contribuição para o racismo. Assim como Ronaldo, Roberto Carlos. E bananas para a eficiente polícia inglesa. A que matou Jean Charles…

A polícia inglesa divulgou quem jogou uma banana em direção a Neymar.

Na partida entre Escócia e Brasil, no estádio do Arsenal, o Emirate.

Um estádio sem alambrado para proteger os jogadores.

Se uma pessoa quiser jogar uma moeda, uma pilha, pode atingir os atletas.

De acordo com os policiais, foi um um adolescente alemão, um turista.

E que não houve intenção do jovem em hostilizar o brasileiro, compará-lo ao um macaco.

Não, jogou a banana por jogar.

Se estivesse comendo uma jaca, jogaria a jaca…

E diante desta profunda investigação, o caso está encerrado…

Assim como o torcedor russo que mostrou uma banana para Roberto Carlos…

Ou como os peruanos que ficaram imitando macacos para Diego Maurício na disputa do Sul-Americano sub-20.

Ou como Danilo não quis ofender Manuel quando o chamou de macaco no ano passado e já esquecemos…

Esta postura absurda diante do racismo se explica pelos ofendidos…

Eles não querem confusão e optam pela saída mais vergonhosa: a da covardia…

“Prefiro nem tocar no assunto para não virar uma bola de neve”, foi o que disse Neymar.

Ele já disse pior.

Antes da partida em Londres, de uma interessante entrevista.

Perguntado se já havia sofrido preconceito, ele foi direto.

“Nunca fui discriminado. Até porque não sou preto…”

Talvez não no seu espelho, mas para um adolescente alemão você é.

E deve ser humilhado por isso.

O comportamento da polícia inglesa é absurdo.

Como no caso de Jean Charles de Menezes, morto pela Scotland Yard, em 2005.

Apenas por ter sido confundido com um terrorista.

Nenhum policial foi punido.

Esta é a atitude da polícia inglesa.

Até porque há muito dinheiro envolvido.

O Emirates virou a casa da Seleção graças a um acordo com a empresa Kentaro, que negocia os jogos do Brasil.

O time agora de Mano Menezes atua por lá porque rende muito dinheiro.

Não seria uma casca de banana jogada para Neymar que iria alterar esse acordo.

Só para lembrar.

Neymar não está sozinho nesta postura de não se enxergar negro.

Ronaldo também falou algo assustador quando atuava no Real Madrid.

“Acho que todos os negros sofrem (com o racismo).

Eu, que sou branco, sofro com tamanha ignorância.”

Roberto Carlos disse que não ‘se afetou’ com a banana mostrado pelo torcedor do Zenit.

Enquanto os jogadores tiverem medo de enfrentar essa situação nojenta, racistas continuarão fazendo o que quer.

Se alguém quer ganhar muito dinheiro deve vender bananas em frente ao Emirates Stadium.

Principalmente se a Seleção Brasileira estivar jogando…

Consumidores dessas bananas não vão faltar….

Nem policiais e jogadores se fazendo de desentendidos…

E encorajando gerações e gerações de racistas…

 

Fonte: R7

+ sobre o tema

Mulheres em cargos de liderança ganham 78% do salário dos homens na mesma função

As mulheres ainda são minoria nos cargos de liderança...

‘O 25 de abril começou em África’

No cinquentenário da Revolução dos Cravos, é importante destacar as...

Fome extrema aumenta, e mundo fracassa em erradicar crise até 2030

Com 281,6 milhões de pessoas sobrevivendo em uma situação...

para lembrar

O que você joga fora pode reciclar a vida de muita gente

Há 12 anos, a matéria de capa de uma...

Venezuelanos são resgatados em “situação análoga à escravidão” em Roraima

Três venezuelanos e um brasileiro foram resgatados de situação...

10/09 – Tracking Vox Populi/Band/iG:Dilma mantém 53% e Serra vai a 22%

Tucano oscilou um ponto para cima, dentro da margem...

Negros: A nova cara do consumo

Os 104 milhões de brasileiros, que compõem a classe...

Presidente de Portugal diz que país tem que ‘pagar custos’ de escravidão e crimes coloniais

O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, disse na terça-feira que Portugal foi responsável por crimes cometidos durante a escravidão transatlântica e a era...

O futuro de Brasília: ministra Vera Lúcia luta por uma capital mais inclusiva

Segunda mulher negra a ser empossada como ministra na história do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a advogada Vera Lúcia Santana Araújo, 64 anos, é...

Desigualdade ambiental em São Paulo: direito ao verde não é para todos

O novo Mapa da Desigualdade de São Paulo faz um levantamento da cobertura vegetal na maior metrópole do Brasil e revela os contrastes entre...
-+=