21 de Março – MNU: Manifesto contra o Genocídio da População Negra

No dia 21 de março de 1960, em Shaperville – África do Sul, houve uma manifestação pacífica contra a Lei dos Passes (documento que a população negra deveria portar obrigatoriamente, com as anotações por onde podia circular, detida fora do percurso autorizado, a pessoa era presa e enviada para campos de trabalhos forçados, nas fazendas dos brancos). Essa manifestação foi duramente reprimida, acontecendo um verdadeiro massacre, morreram 69 pessoas baleadas e centenas ficaram feridas.

Em 16 de junho de 1976, 20.000 jovens negros da Cidade do Cabo, se revoltaram contra obrigatoriedade do ensino do Africaner, uma composição da lingua inglesa e holandesa falada pelos brancos na África do Sul, em detrimento da língua falada pela maioria da população sul africana, realizando uma passeata que foi reprimida com extrema brutalidade. Estes jovens resistiram incendiando lojas, carros e residências. Cerca de 600 jovens foram brutalmente assassinados pela policia sulafricana. Este dia ficou conhecido como o Levante de Soweto. Devido a imensa repercussão internacional do Levante de Soweto, a Organização das Nações Unidas – ONU, instituiu o dia 21 de março, como o DIA INTERNACIONAL PELA ELIMINAÇÃO DA DISCRIMINAÇÃO RACIAL.

Nesse dia em todo o mundo, inclusive na Africa do Sul, são realizadas manifestações para denunciar o racismo na Europa, Estados Unidos, Brasil, e em toda diáspora africana.

O Movimento Negro Unificado em conjunto com Quilombolas, Sindicatos, Mulheres, Estudantes, Religiosos de Matriz Africana, estará realizando manifestações públicas, seminários, debates, panfletagens,em todo o país denunciando o racismo que se concretiza na Violência Policial, em especial sobre a juventude negra, no desemprego que se abate sobre a população negra, no racismo nos meios de comunicação , nas invasões das terras quilombolas pelo agro-negócio, por construtoras, mineradoras, industria de papel que agem criminosamente tentando expulsa-los e outras formas de exploração, com mortes violentas, inclusive, de lideranças em várias regiões do Brasil.

Em algumas regiões, são órgãos do Estado que tentam expulsar quilombolas, a exemplo da Marinha em Rio dos Macacos, na Bahia, e Marambaia,no Rio de Janeiro, e a Aeronáutica em Alcântara no Maranhão.

Contra o Genocídio da Juventude Negra

Pela Imediata Titulação das Terras Quilombolas

Contra a Criminalização dos Movimento Sociais

Pela Imediata Implementação da Lei 10639

Reparação Histórica e Humanitária Já

COORDENAÇÃO NACIONAL DO MOVIMENTO NEGRO UNIFICADO

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