Investigadores do Porto estudam bebida de origem africana

Produto é obtido a partir da flor de Bissap

 

Os investigadores da Escola Superior de Biotecnologia (ESB) da Católica Porto realizaram na cidade invicta um estudo de aceitação de bebidas tradicionais de origem africana obtidas a partir da flor de Bissap, para conhecer a aceitação de mercado e o desenvolvimento ideal do produto.

A nível europeu, os principais resultados demonstram que a bebida de Bissap poderá ser consumida ao longo do dia e maioritariamente em casa. A atitude de compra expectável é de duas a três vezes por semana, em hipermercados. Além disso, foram sugeridas outras utilizações deste produto, por exemplo em gelatinas, iogurtes, gelados ou compotas.

Na opinião dos portugueses, a bebida deve ter um preço de 99 cêntimos por litro e menos de 18 calorias por 100 ml, ou seja, estar inserida no segmento light. Já a embalagem, de cor vermelha clara e em material tetra-pack, deve conter informação sobre antioxidantes e sobre a flor de Bissap.

Em Setembro, a Católica Porto vai apoiar o desenvolvimento do estudo em Inglaterra e em França, usando as inovadoras ferramentas de análise aplicadas no estudo em Portugal, para aumentar a representatividade do consumidor europeu.

A ESB da Católica Porto é uma das coordenadoras do projecto «After», um programa que melhora a competitividade dos produtos alimentares tradicionais africanos e fomenta a sua distribuição em empresas alimentares. A investigação contempla 10 produtos seleccionados, entre os quais é possível encontrar fermentados à base de cereais – como Akapan, Gowe, Kenkey e Kish –, fermentados de peixe salgado (Lanhouin) ou alimentos funcionais, originários de plantas como Baobab, Hibiscus Sabdariffa e Z. Mauritiana, fruto da árvore da Jujuba.

O projecto incentiva a partilha de conhecimentos entre os parceiros africanos e europeus e envolve sete países africanos – Benin, Camarões, Egipto, Madagáscar, Senegal, Gana e África do Sul – e quatro da União Europeia – França, Portugal, Itália e Reino Unido. O programa é co-financiado pela Comissão Europeia através do 7º Programa Quadro para a Investigação e Desenvolvimento Tecnológico.

A ESB, além de coordenadora da avaliação da aceitação destes alimentos pelo consumidor na Europa, tanto no seu formato tradicional como após melhoramento por reengenharia, é ainda responsável pela demonstração científica das propriedades nutricionais e benefícios para a saúde dos produtos à base de cereais e bebidas.

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Fonte: Ciencia Hoje

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