Parece ter saído cara a declaração de João Santana

Impressiona como se requenta esta história, lembram do áudio de Veja, da entrevista que não houve e que Noblablá tentou de todas as formas emplacar sem mostrar os áudios? Comentei sobre isso aqui em setembro: Fala Marcos Valério, fala. E embora eu fique rouca de tanto falar, o PT inexplicavelmente demora muito a reagir, como se não conhecesse a mídia gangster brasileira: Bob Fernandes: por que o que Valério diz sobre Lula chega às manchetes e 115 páginas de documentos verídicos não são nem notícia?

Depoimento à Procuradoria: Depoimento de Valério provoca “fé cega” e “pé atrás”

 

Condenado pelo Supremo Tribunal Federal a mais de 40 anos de prisão por corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e evasão de divisa no julgamento do “mensalão”, o publicitário mineiro Marcos Valério prestou, em setembro, um depoimento à Procuradoria Geral da República no qual tentou envolver o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no esquema. O teor só veio à tona na terça-feira 11. Segundo o Estado de S.Paulo, em três horas e meia, ele apontou o ex-presidente como beneficiário de recursos desviados para o pagamento de contas pessoais e disse ter sido o próprio Lula quem deu o “ok” para os que os empréstimos, julgados como fraudulentos, irrigassem o esquema.

 

Valério acusou o ex-presidente de articular, junto com o então ministro da Fazenda, Antonio Palocci, um empréstimo da Portugal Telecom ao PTB. Disse também que, sob o governo Lula, as agências de publicidade contratadas pelo Banco do Brasil eram obrigadas a pagar “pedágio” de 2% para irrigar o caixa do PT. Por fim, relatou ameaças contra ele feitas em 2005 por Paulo Okamotto, hoje diretor do Instituto Lula: “Ou você se comporta ou morre”.

As declarações provocaram dois tipos de reações. De um lado, foram a deixa para manter o ex-presidente, já supracitado por causa da suspeitas sobre a ex-assessora Rosemary Noronha – presa e investigada pela Polícia Federal – ao centro no noticiário. Atiçada, a oposição se mobilizou para pedir investigações e tentar, dois anos após o fim do mandato, arrastá-lo ao epicentro do escândalo que se imaginava julgado e encerrado.

De outro lado, as “revelações”, feitas sete anos após as primeiras notícias sobre o “mensalão”, provocaram desconfiança. As próprias procuradoras que tomaram o depoimento, Claudia Sampaio e Raquel Branquinho, ficaram ressabiadas. Isso porque, em outras ocasiões, Valério já havia tentado promover uma possível delação premiada sem apresentar provas do que dizia.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, demonstrou cautela diante das afirmações do empresário. Até mesmo o ex-deputado Roberto Jefferson, delator do “mensalão”, ironizou Valério. Disse que “a credibilidade do carequinha já transitou em julgado, é zero”.

Lula classificou as declarações como “mentirosas”. A presidenta Dilma Rousseff as classificou como “lamentáveis”. Ministros e parlamentares petistas saíram em defesa do ex-presidente, apontando atos falhos na versão do publicitário, entre eles o de ter deixado o gabinete da Casa Civil ao lado de José Dirceu para “subir” à sala de Lula, no Palácio do Planalto, para receber o “ok” para as fraudes. A sala citada fica no andar de baixo.

Em 2005, durante a CPI dos Correios, Valério chegou a dizer que jamais havia se encontrado com o então presidente. Em qual ocasião, portanto, resolveu mentir?

À Folha de S.Paulo Valério afirmou que, desta vez, apresentou documentos para provar o que diz. Entre eles o registro do pagamento de 98 mil reais, feito pela SMPB, a uma empresa de Freud Godoy, ex-auxiliar de Lula. Foi esse o dinheiro, segundo Valério, usado para pagar contas pessoais do ex-presidente. Que tipo de contas pessoais? Não se sabe.

A história sobre o depósito não é nova. Havia sido levantada ainda em 2005. Godoy disse ter recebido o dinheiro como pagamento para serviço de segurança para a campanha de Lula. Faltou explicar por que recebeu o dinheiro via Marcos Valério, e não diretamente do contratante.

De toda forma, o ex-segurança de Lula, assim como a ex-secretária da Presidência em São Paulo, se transformaram no suposto “elo” para a oposição tentar, finalmente, envolver o ex-presidente no que insistem em classificar como “o maior escândalo de corrupção da história do País”. Parece ter saído cara a declaração de João Santana, marqueteiro das duas últimas campanhas do PT à Presidência, de que Lula seria o nome certo para disputar o governo de São Paulo em 2014.

Condenado pelo Supremo Tribunal Federal a mais de 40 anos de prisão por corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e evasão de divisa no julgamento do “mensalão”, o publicitário mineiro Marcos Valério prestou, em setembro, um depoimento à Procuradoria Geral da República no qual tentou envolver o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no esquema. O teor só veio à tona na terça-feira 11. Segundo o Estado de S.Paulo, em três horas e meia, ele apontou o ex-presidente como beneficiário de recursos desviados para o pagamento de contas pessoais e disse ter sido o próprio Lula quem deu o “ok” para os que os empréstimos, julgados como fraudulentos, irrigassem o esquema.

 

 

Fonte: Maria Fro 

+ sobre o tema

Mulheres em cargos de liderança ganham 78% do salário dos homens na mesma função

As mulheres ainda são minoria nos cargos de liderança...

‘O 25 de abril começou em África’

No cinquentenário da Revolução dos Cravos, é importante destacar as...

Fome extrema aumenta, e mundo fracassa em erradicar crise até 2030

Com 281,6 milhões de pessoas sobrevivendo em uma situação...

para lembrar

‘As desconfianças vão se desfazendo’, diz Amorim sobre Irã

Ministro defendeu acordo de troca de combustível nuclear. Ele disse...

Só por hoje por Lêle Teles

por lêle teles no fastos e nefastos uma amiga alugou...

17/09 – No RS, Tarso tem 44% e Fogaça, 24%, diz Datafolha

Margem de erro é de 3 pontos percentuais, para...

Presidente de Portugal diz que país tem que ‘pagar custos’ de escravidão e crimes coloniais

O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, disse na terça-feira que Portugal foi responsável por crimes cometidos durante a escravidão transatlântica e a era...

O futuro de Brasília: ministra Vera Lúcia luta por uma capital mais inclusiva

Segunda mulher negra a ser empossada como ministra na história do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a advogada Vera Lúcia Santana Araújo, 64 anos, é...

Desigualdade ambiental em São Paulo: direito ao verde não é para todos

O novo Mapa da Desigualdade de São Paulo faz um levantamento da cobertura vegetal na maior metrópole do Brasil e revela os contrastes entre...
-+=