Após massacre, Obama vai apoiar lei para proibir armas nos EUA

Presidente deve agir ‘nas próximas semanas’, disse porta-voz.
Atirador matou 20 crianças e 6 adultos em escola em Connecticut na sexta.

 

O presidente dos EUA, Barack Obama, vai apoiar os esforços da senadora democrata Dianne Feinstein para criar uma legislação para restabelecer a proibição de armas de assalto no país, informou a Casa Branca nesta terça-feira (18).
O porta-voz Jay Carney especificou algumas das medidas que Obama deve tomar para combater a violência, quatro dias após o massacre que terminou com 28 mortes em Newtown, subúrbio de Hartford no estado de Connecticut.

“Está claro que, como nação, nós não fizemos o suficiente para lidar com a praga da violência armada”, disse. Ele disse que Obama “deve agir nas próximas semanas”.

Carney disse que o presidente também apoiará qualquer ação para proibir carregadores de alta capacidade – que têm munição para dezenas de tiros – e acabar com a brecha que permite indivíduos sem licença vender armas de forma privada.

O massacre provocou muitos pedidos por um controle de armas, tema sensível que Obama evitou durante o primeiro mandato.

Uma proibição anterior das armas de assalto expirou em 2004 e, desde então, tentativas de restaurá-la fracassaram, e muitos cidadãos adquiriram versões semiautomáticas de rifles como o Kalashnikov ou o AR-15.

Obama apoiou a retomada da norma na disputa presidencial de 2008, mas o assunto não foi uma prioridade de seu mandato.

A timidez do presidente a respeito do tema foi atribuída ao receito de muitos eleitores que consideram sagrado o direito constitucional a possuir armas.

A senadora Dianne, da Califórnia, disse que vai lutar pela lei a partir do início da nova legislatura, em janeiro de 2013.
Ela disse à CNN que o texto será “forte e definitivo”.

“Vai proibir com nome e sobrenome pelo menos 100 armas de assalto semiautomáticas de tipo militar”, disse.
Contudo, Obama e Feinstein podem entrar em choque com a oposição do poderoso lobby que defende o direito à posse de armas e de legiões de entusiastas do tiro.

Os Estados Unidos sofreram uma epidemia destes violentos episódios, incluindo 62 tiroteios desde 1982, três dos mais mortíferos na segunda metade deste ano.

Na maioria dos casos, foram usadas armas curtas semiautomáticas ou armas de assalto de tipo militar adquiridas de forma legal.

Em 2009, havia uma estimativa de 310 milhões de armas de fogo não militares nos Estados Unidos, o que equivale a uma por cidadão.

A população norte-americana tem 20 vezes mais probabilidades de morrer por arma de fogo que a de qualquer outro país desenvolvido.

 

 

Fonte: G1

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