Por Marcos Romão
Nestes últimos dias a página da internet “Mercado Livre”, publicou um anúncio colocando à venda no Brasil, jovens negras e negros por 1 real a cabeça, para exercerem as seguintes “funções para negros”:
Racistas perguntavam ao vendedor se os produtos tinham garantia, “pois se sabe como é essa gente”…
Centenas de pessoas encaminharam à página e á polícia federal reclamações contra o racismo e o tráfico de pessoas humanas, mas só neste último domingo quando a imprensa étnica alternativa passou a publicar nas rede sociais e nos blogs étnicos, “blogueiras negras” e “mamapress” foi que a página Mercado Livre, resolveu tomar medidas para se livrar do racismo e indução ao racismo de que é acusada,
Segundo o jornal o dia, a denúncia do racismo foi encaminhada à Polícia Federal por integrantes do blog ‘blogueirasnegras.org’, que postou a informação na noite de domingo. Em poucas horas, recebeu mais de 1.700 comentários de pessoas chocadas e revoltadas. Uma delas, para ter acesso aos dados do vendedor, ‘comprou’. O vendedor está registrado como ‘SnoopDog 2133043041 [email protected]’.
O link foi encaminhado à 26ª Promotoria de Investigação Penal, que cuida de crimes na internet. O promotor vai analisar o caso e, se necessário, requerer a instauração de inquérito na delegacia.
Hoje em dia não será difícil para a polícia federal descobrir o autor o grupo que esteja por trás desta ignomínia racista perpetrada por uma página tradicional e com milhões de acesso. Também não será complicado para o Ministério Público Federal indiciar a página Mercado Livre, que apesar ter publicado a seguinte nota de repúdio: “O anúncio foi retirado do ar assim que denunciado pelos próprios usuários do site, conforme nossas regras e, também, pela inadequação completa aos Termos e Condições de Uso do Mercado Livre. Todos os anúncios publicados no site possuem um botão de Denúncia para que qualquer pessoa possa apontar práticas irregulares ou que causem algum dano aparente”, não oferece em nenhum de seus botões de reclamação a possibilidade de se reclamar do conteúdo ofensivo e discriminatório das ofertas. Limitando-se a oferecer possibilidades de reclamações sobre problemas comerciais, e nada que fale de produtos ou textos discriminatórios e ou racistas.
Fonte: Mamapress