MS – Mortalidade indígena de 1 a 4 anos cresce. Em Amambai, todos os bebês mortos até 1 ano de idade, desde 2011, eram indígenas

Bruno Martins, em A Gazeta News

Dados repassados pelo Conselho Distrital de Saúde Indígena mostram que houve um aumento de 43% no número de mortes de crianças de 1 a 4 anos em todo o Mato Grosso do Sul entre os anos de 2011 e 2012.

Seguindo os vários movimentos indígenas ocorridos em Amambai reivindicando melhorias na saúde nas aldeias, o Jornal A Gazeta esteve fazendo um levantamento junto à secretária de saúde municipal para identificar os números mais atualizados de ocorrências envolvendo mortes de crianças indígenas.

Os dados adquiridos são alarmantes, entre os anos de 2012 e 2013 foram contabilizados 14 mortes de crianças até 1 ano de idade, 06 em 2012 e 08 em 2013. Segundo o secretário de saúde de Amambai, Pedro Humberto, “todos os registros de mortalidade infantil até 1 ano de idade em Amambai são de indígenas”, relatou o secretário de saúde.

Segundo dados do plano municipal, o índice de mortalidade infantil com idade até 1 ano de idade diminui significativamente de 2000 até 2010, caindo 14%, saindo de 22,7 por cada mil nascidos vivos para 19,4 para cada mim nascidos vivos, levando-se em conta que em Amambai a média de nascimentos anuais gira em torno de 850 pessoas, esses números sofrem outra diminuição.

Segundo os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas, a taxa de mortalidade infantil para o Brasil deve estar abaixo de 17,9 óbitos por mil nascimentos vivos em 2015. Em 2010, as taxas de mortalidade infantil do estado e do país eram 18,1 e 16,7 por mil nascidos vivos, respectivamente.

O Jornal A Gazeta procurou a direção da SESAI de Amambai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) para obter informações sobre os dados divulgados, a reportagem foi direcionada a estrar em contato com a chefe do DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena) Eliete Domingues, mas mesmo após várias tentativas não possível conseguir a versão do órgão responsável pela saúde indígena do Estado.

Fonte: Combate Racismo Ambiental

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