A educação de meninas negras em tempos de pandemia: o aprofundamento das desigualdades

É um consenso entre especialistas que a pandemia agravou as desigualdades no acesso à saúde e à educação no país. Os números sobre o assunto dão dimensão do problema e, ao realizar um recorte de gênero e raça, ficam ainda mais preocupantes. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD COVID-19), realizada no ano passado, mostrou que estudantes negros e indígenas sem atividade escolar foram o triplo dos estudantes brancos.

É este o tema em que se debruça o relatório “A educação de meninas negras em tempos de pandemia”, produzido pelo Geledés Instituto da Mulher Negra. O material é fruto de uma pesquisa que ouviu 105 famílias paulistanas, majoritariamente nas periferias, além de 149 profissionais da educação e organizações da sociedade civil.

Entre os achados que apontam a desigualdade, o de que o computador, meio de preferência para o ensino digital, é utilizado por 63,64% das famílias brancas e, entre as famílias negras, 23,81%. Também houve queda mais significativa de renda entre as famílias negras.

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