Alunos fazem movimento contra o racismo no Santa Terezinha

 

Um movimento contra o racismo foi realizado por estudantes da Escola Sebastião Patrus de Souza, no Bairro Santa Terezinha, região Nordeste, entre quarta (2) e quinta-feira (3). A manifestação foi articulada depois do comentário de uma ex-aluna na rede social, em relação ao falecimento de uma professora negra na última segunda-feira. As palavras preconceituosas da estudante – “preta, maldita, nojenta” – causaram o repúdio dos alunos.

De acordo com a diretora da escola, Miriam Ramalho, os estudantes foram à aula com roupas pretas, representando o luto e a reprovação ao ato preconceituoso. Os alunos também fizeram cartazes com frases de protestos. “Tínhamos uma professora que infelizmente faleceu, foi um choque para todos nós, amigos, familiares, alunos e ex-alunos da escola, porém, o mais chocante foi esse comentário. Isso causou revolta entre todos”, relata a ex-estudante do colégio, Juliana Guedes

A professora falecida dava aulas de sociologia para o primeiro ano do ensino médio, no período da manhã. A manifestação de quinta reuniu aproximadamente 700 estudantes. Além disso, segundo a diretora, os professores também trabalharam o tema racismo em sala de aula.
Qualquer tipo de ofensa dita ou expressa que contenha preconceito referente à cor de uma pessoa é considerado como crime de injúria racial, em que há a lesão da honra subjetiva da vítima. A acusação permite fiança e tem pena de, no máximo, oito anos. Já no caso referente à professora, de acordo com o coordenador da Comissão de Promoção de Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB – Subseção Juiz de Fora), Alexander Jorge Pires, os familiares poderão mover na esfera cível uma ação de indenização por danos morais.

Fonte: Jornal Tribuna de Minas

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