Ataque na Somália, o mais letal em uma década, deixa mais de 200 mortos

Um massivo ataque com bombas em uma área movimentada da capital da Somália, Mogadíscio, matou pelo menos 276 pessoas, segundo autoridades locais. A explosão aconteceu no sábado.

Do BBC

Outras 300 pessoas ficaram feridas após dois caminhões repletos de explosivos foram detonados perto de um hotel.

É o ataque mais mortal na Somália desde que o grupo islâmico al-Shabab iniciou sua insurgência, em 2007.

Não está clara a autoria do bombardeio, mas Mogadíscio é alvo de militantes do al-Shabab que lutam contra o governo.

Somalis foram às ruas protestar contra o al-Shabab e pedir por doadores de sangue. Os hospitais estão superlotados de feridos e há falta de medicamentos e de bolsas de sangue.

O presidente Mohamed Abdullahi “Farmajo” Mohamed instituiu três dias de luto pelas vítimas da explosão.

A mídia local relatou que as famílias se aglomeravam na área no domingo de manhã, procurando por pessoas queridas desaparecidas, em meio a ruínas.

O policial Ibrahim Mohamed disse à agência de notícias da AFP que o número de mortos provavelmente aumentará. “Há mais de 300 feridos, alguns deles em estado grave”, disse ele.

Funcionários também confirmaram que duas pessoas morreram em um segundo ataque com bombas no distrito de Madina, também na capital.

 

 

Um repórter somali da BBC, que estava perto da cena da maior explosão, disse que o Hotel Safari foi abaixo, com as pessoas presas sob os escombros.

Uma testemunha ocular do ataque, o morador local Muhidin Ali, disse à agência de notícias AFP que o incidente foi “a maior explosão que já presenciei, destruindo toda a área”.

Enquanto isso, o diretor do Hospital Madina, Mohamed Yusuf Hassan, disse que ficou chocado com a escala do ataque.

“Setenta e dois feridos foram internados no hospital e 25 deles estão em condições muito graves. Outros perderam as mãos e as pernas na cena”.

“O que aconteceu ontem foi impressionante, eu nunca algo assim antes. Inúmeras pessoas perderam suas vidas”.

A comunidade internacional rapidamente condenou o ataque.

Em nota, a missão dos EUA na Somália afirmou: “Tais ataques covardes revigoram o compromisso dos Estados Unidos na ajuda a nossos parceiros da Somália e da União Africana no combate ao flagelo do terrorismo”.

O secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, Boris Johnson, disse: “Meus pensamentos estão com as famílias das vítimas, com o governo e com o povo da Somália neste momento difícil”.

“Os responsáveis não mostraram respeito pela vida humana ou pelo sofrimento do povo somali. O Reino Unido continuará a apoiar a Somália na luta contra o terrorismo”.

+ sobre o tema

Presidente de Portugal diz que país tem que ‘pagar custos’ de escravidão e crimes coloniais

O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, disse na...

O futuro de Brasília: ministra Vera Lúcia luta por uma capital mais inclusiva

Segunda mulher negra a ser empossada como ministra na...

Desigualdade ambiental em São Paulo: direito ao verde não é para todos

O novo Mapa da Desigualdade de São Paulo faz...

Foi a mobilização intensa da sociedade que manteve Brazão na prisão

Poucos episódios escancararam tanto a política fluminense quanto a...

para lembrar

Impasse no Supremo adia novamente decisão sobre Lei da Ficha Limpa

Por: Rosanne D'Agostino       Após 11...

Vozes do Twitter atordoam Senado

Fonte: Zero Horas - Minutos antes de anunciar...

Ofensiva contra Lula não tem mais limites

    Por: Kotscho   Julgamento do mensalão, Operação Porto Seguro e agora o...

Hillary Clinton reafirma apoio de Washington à única Ellen Sirleaf

Fonte: Angola Press - Monrovia - A secretária de...

MG lidera novamente a ‘lista suja’ do trabalho análogo à escravidão

Minas Gerais lidera o ranking de empregadores inseridos na “Lista Suja” do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A relação, atualizada na última sexta-feira...

Conselho de direitos humanos aciona ONU por aumento de movimentos neonazistas no Brasil

O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), órgão vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, acionou a ONU (Organização das Nações Unidas) para fazer um alerta...

Brizola e os avanços que o Brasil jogou fora

A efeméride das seis décadas do golpe que impôs a ditadura militar ao Brasil, em 1964, atesta o apagamento histórico de vários personagens essenciais...
-+=