Chefe bate em funcionária em órgão do Governo de Minas

“Estou com muito medo dele fazer alguma coisa contra mim. Não quero trabalhar lá novamente”. O relato dramático é da engenheira eletricista Cristiane Sampaio. Há um ano e um mês ela passou em um concurso e foi trabalhar, como terceirizada, na Fundação Ezequiel Dias (Funed). Mas nesta terça-feira (9), seu sonho de prestar serviço em um órgão público tornou-se um pesadelo.

Por: Renata Evangelista

Dentro de seu local de trabalho ela foi agredida pelo seu superior, que é engenheiro e Chefe de Serviços da Unidade de Manutenção da Fundação. Segundo a mulher, duas testemunhas presenciaram o momento em que ela levou um tapa no rosto.

“Essa é a primeira vez que ele me agride fisicamente, mas verbalmente as agressões são constantes”, relatou. Após o crime, ela prestou queixa na polícia e garantiu que irá prosseguir com o processo na Justiça.

A Funed confirmou, por meio de seu Comitê de Ética, que já está analisando os fatos e, após a apuração, tomará as medidas cabíveis.

Briga

A confusão, de acordo com Cristiane Sampaio, ocorreu nesta manhã quando ela solicitou uma reunião com seus três chefes. “Queria pedir para sair da chefia que exercia pois, além de não receber adicional pela função, eles não acatavam as minhas decisões”, contou.

O engenheiro teria então alterado o tom de voz. Quando Cristiane informou que não iria conversar com ele gritando, o chefe a xingou. Ela revidou com uma expressão de baixo calão. Foi neste momento que o homem se descontrolou e a agrediu fisicamente.

“Ele só não me bateu mais porque foi segurando”, relatou. Aos berros, o homem alegou que agrediu a mulher porque ela teria xingado sua mãe, o que Cristiane Sampaio nega.

A vítima disse que saiu da sala e foi procurar a procuradoria e o Comitê de Ética da Funed. No local, ela conversou com o presidente da Fundação, que lhe prestou apoio. Depois, Cristiane Sampaio foi à delegacia onde prestou queixa pelo crime.

“Estou muito abalada com o caso. Acho que ele me bateu porque não acreditou que eu fosse capaz de denunciar. Mas quero que todos saibam o que passei para que isso não se repita com outras pessoas”.

 

 

Fonte: Hoje em Dia

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