Para Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), saúde universal significa que acesso de todos os indivíduos, independentemente de gênero ou orientação sexual, a serviços. Agência da ONU participou de evento nesta semana sobre preconceito no atendimento ao público LGBT.
no ONU
Pessoas lésbicas, gays, bissexuais e trans (LGBT) enfrentam estigma e discriminação não apenas na sociedade em geral, mas particularmente na área da saúde. O preconceito impede o acesso dessa população a serviços de qualidade e coloca indivíduos em risco de serem tratados de forma desrespeitosa e abusiva em ambientes que deveriam preservar seu bem-estar.
O cenário preocupa a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que participou na segunda-feira (12) de um encontro entre especialistas, defensores dos direitos humanos e representantes dos Estados-membros.
“Por saúde universal, queremos dizer que todos — independentemente de sua origem socioeconômica, etnia, gênero ou raça — estão cobertos por um sistema de saúde bem financiado e organizado, oferecendo serviços de saúde abrangentes e de qualidade”, afirmou a diretora do organismo regional, Carissa F. Etienne.
Pesquisas mostram que o preconceito contra homossexuais e a falta de informações sobre questões de gênero estão por trás do atendimento de má qualidade à população LGBT — e podem levar até mesmo à recusa absoluta da prestação de cuidados. Nos centros de saúde, esse público também está sujeito a abusos.
Segundo a OPAS, profissionais clínicos nem sempre têm um entendimento adequado das necessidades específicas de saúde desse público. Para o organismo regional, redes de atendimento precisam ser aprimoradas para lidar com questões como os traumas associados a episódios de preconceito.