Em São Paulo, 44% dos professores e 28% dos alunos já sofreram violência na escola

Em pesquisa realizada por sindicato com pais, professores e estudantes da rede estadual de São Paulo, jovens sugerem atividades de lazer para combater problema

Vinte por cento dos alunos admitiram já ter cometido algum tipo de violência na escola. DANILO RAMOS/RBA

São Paulo – Dados preliminares de uma pesquisa sobre violência nas escolas da rede estadual de São Paulo, que será lançada hoje (28) em um congresso do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), em Serra Negra, mostram que 44% dos professores e 28% dos alunos já sofreram algum tipo de violência dentro das instituições.

Mais da metade dos alunos (57%) consideram a sua escola violenta. Entre professores e pais, o percentual foi ainda maior: 70% e 78%, respectivamente. A maior parte dos familiares entrevistados, no entanto, não soube mencionar casos concretos, o que indica pouco envolvimento direto com a escola, segundo a pesquisa.

Oitenta e quatro por cento dos professores ouvidos e 77% dos alunos relataram ter tomado contato com casos de violência escolar no último ano. A maioria, nos três perfis, afirmou serem comuns brigas e xingamentos entre alunos e contra professores nas escolas.

Ao todo, 20% dos estudantes admitiram já ter cometido algum tipo de violência na escola. Os entrevistados consideraram que as principais vítimas da violência escolar são os próprios alunos.

Para tentar reduzir o problema, as escolas, em sua maioria, controlam a entrada e a saída dos alunos, profissionais e visitantes. Ainda assim, metade das instituições de ensino ouvidas pela pesquisa não conta com rondas escolares no entorno. Segundo a pesquisa, a mediação dos conflitos pela violência “às vezes é ensinada em casa”, uma vez que seis a cada dez pais afirmaram que acreditam que bater nos filhos seja aceitável.

Para os estudantes, a principal maneira de combater a violência é investir em projetos de cultura e lazer. Os professores acreditam que o debate seja o melhor caminho para reduzir as ocorrências. Já os pais, em sua maioria, acreditam que aumentar o policiamento ao redor da escola seja a ação mais efetiva.

Fonte: Rede Brasil Atual

+ sobre o tema

Saiba como se cadastrar para o Pé-de-Meia Licenciaturas

Os estudantes de cursos de licenciatura na modalidade presencial,...

Como funciona o programa Pé-de-Meia e como sacar o primeiro pagamento

Estudantes que concluíram um dos três anos do ensino médio...

UFRB amplia para 40% a reserva de vagas para negros(as) em concursos para docentes

A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) dá...

para lembrar

3ª Formação Étnico-Racial: construindo um currículo democrático

Evento reuniu representantes de escolas públicas e movimentos sociais...

Reitora da Ufba pretende trocar vestibular por Enem

Consolidar e inovar. Defendendo o slogan da campanha realizada...

Kbela + Afrobetizar: O dia de se ver no cinema.

O Rio tem despertado mais uma vez o interesse...
spot_imgspot_img

Fundo Baobá e B3 Social lançam nova edição de edital de bolsas no exterior para estudantes negros

O Baobá - Fundo para Equidade Racial, com apoio da B3 Social, lança a segunda edição do Programa Black STEM, iniciativa que concederá 3...

Saiba como se cadastrar para o Pé-de-Meia Licenciaturas

Os estudantes de cursos de licenciatura na modalidade presencial, que cumprem os requisitos para serem beneficiados pelo Pé-de-Meia Licenciaturas, devem concluir a inscrição no programa...

Chance de faculdade para jovem de classe média-alta é mais que triplo da registrada por pobre

A probabilidade de um jovem de classe média-alta cruzar a barreira do ensino médio e ingressar em uma universidade é mais que o triplo da registrada...
-+=