FSM: declaração dos movimentos sociais reafirma a importância da pluralidade e o compromisso pela construção de uma agenda comum de enfrentamentos

Em documento preparado pelos movimentos sociais após assembléia de convergência, o lema evidencia a importância da pluralidade, a começar pela necessidade em se pensar o mundo contemporâneo de maneira global e unificada.

*Por Fernanda Ramone, assessora de comunicação da Rebrip, do Brasil no FSM

O encerramento da 14ª edição do Fórum Social Mundial acontece hoje, dia 28, em marcha marcada para as 15 horas. Durante os quatro dias do evento e outros dois dedicados exclusivamente ao Fórum de Mídia Livre, militantes de movimentos sociais, sindicais, organizações não governamentais e sociedade civil mais uma vez se reuniram no processo conjunto de refletir e de como incidir na construção de agendas comuns de enfrentamento.

Em documento preparado pelos movimentos sociais após assembleia de convergência, o lema evidencia a importância da pluralidade, a começar pela necessidade em se pensar o mundo contemporâneo de maneira global e unificada. A luta deve ser dos povos unidos no compromisso de construir uma agenda comum de enfrentamentos.

Os efeitos da grande crise do sistema capitalista manifestadas em especial pela atuação das transnacionais, dos bancos, dos conglomerados midiáticos, das instituições financeiras internacionais com poder de interferir e influenciar na política de estados são tidos como os novos colonistas agindo em parcimônia com os governos liberais.

Tais práticas concatenaram em guerras, ocupações militares, tratados neoliberais de livre comércio além de políticas de austeridade que traduzem os planos econômicos de privatização dos bens comuns e dos serviços públicos desencadeando retrocessos na participação, remuneração e nos direitos adquiridos em esfera mundial. Bem como a agravação dos deslocamentos forçados em processos migratórios, da dívida e das desigualdades sociais. Acentuando conservadorismos.

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O documento preparado pelos movimentos sociais reafirma o engajamento pela construção de uma estratégia comum de enfrentamentos contra o capitalismo, sinalizando em especial os seguintes tópicos:

-Contra as transnacionais e o sistema financeiro (FMI, BM, e OMC).

-Pela justiça  climática e pela soberania alimentar.

-Violência contra a mulher.

-Pela paz e contra a guerra, o colonialismo e as ocupações de militarização nos territórios.

-Pela democracia das mídias de massa e a construção de mídias alternativas.

-Pela resistência e pela solidariedade.

Cada tema contará com ações de mobilização mundial. A data definida para  a campanha contra as transnacionais e os tratados de livre comércio será no dia 18 de abril.

Serão promovidas mobilizações  globais dos movimentos sociais pela justiça climática. Marchas mundiais das mulheres serão promovidas durante os meses de março e outubro de 2015. E uma campanha global de enfrentamento ao capitalismo será promovida entre os dias 17 e 25 de outubro de 2015.

O documento apresenta ainda mensagem de solidariedade para as  manifestações de enfrentamento cotidianas como a exploração, o patriarcado, o racismo, a injustiça, o colonialismo e o imperialismo.

Texto originalmente publicado no site da Rebrip.

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