Jornalista é agredido após questionar insulto a gays em bar no Rio, diz irmã

Segundo irmã, Fernando Soares desmaiou e teve fratura no maxilar.
Heterossexual, ele teria defendido amigos gays de xingamentos.

Jornalista Fernando Soares foi agredido em bar na
Lapa, região central do Rio, no último domingo (19)
(Foto: Reprodução/Facebook)

Jornalista dedicado a defender minorias sociais, Fernando Soares, de 39 anos, foi vítima de violência em consequência de homofobia na madrugada de sábado para domingo (19), segundo sua irmã, Carolina Monteiro. Ao G1, ela contou que ele e dezenas de amigos comemoravam um aniversário no bar Sinuca de Bico, na Lapa, Centro do Rio, quando outro grupo, de cinco pessoas, teria começado com xingamentos contra homossexuais, e Fernando teria interferido para defender os amigos. Minutos depois, foi encontrado desmaiado no banheiro com marcas de soco no rosto.

“Era somente uma festa e não tinha viés de militância. Tinha uns ‘pitboys’ provocando os amigos dele dizendo ‘nesse lugar só tem viadinho’. Em determinado momento, o Fernando disse: ‘Poxa, isso não se faz’. Ele é heterossexual, mas se sentiu tão agredido quanto os amigos homossexuais. Ele levou um soco, bateu a cabeça na pia e ficou desacordado”, contou a irmã Carolina ao G1. “Fomos ao hospital, parece que a ficha ainda não caiu para ele. Ele está um pouco aéreo”, acrescentou.

Fernando, que é divorciado e tem dois filhos, foi ativista na ocupação do antigo Museu do Índio e trabalha com comunicação comunitária. Por causa da queda, ele teve uma concussão cerebral e uma fissura no maxilar. Internado no Hospital Miguel Couto, no Leblon, Zona Sul, fez duas tomografias e a família passou o dia à espera do resultado da última, que pode indicar sequelas por conta da lesão na cabeça.
“Hoje foi o aniversário da nossa mãe. Que presente!”, ironizou Carolina.

Preocupados com a saúde de Fernando, os parentes ainda não pensaram nas medidas legais que vão tomar. No entanto, segundo amigos e funcionários do bar, os agressores eram frequentadores do local. “No momento, só pensaram nele, mas uma das meninas presentes falou que vai tentar recorrer às imagens de câmeras próximas ao local para procurar os culpados, identificar e punir”.

Por: Gabriel Barreira

 

Fonte: G1

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