Edith Jones, 64 anos, foi nomeada pelo antigo Presidente Ronald Reagan e, por duas vezes, durante os mandatos de George H. W. Bush e George W. Bush, apontada como potencial candidata ao Supremo Tribunal Americano
Favorável à pena de morte, “momento em que o preso faz as pazes com Deus”, a juíza americana Edith Jones, nomeada pelo antigo Presidente Ronald Reagan, chocou uma audiência de alunos de Direito.
Ricardo Lourenço
Durante uma conferência na Faculdade de Direito da Universidade da Pensilvânia, Edith Jones, uma juíza do Texas, apresentou uma teoria: os “afro-americanos e hispânicos têm maior propensão para o crime”.
Proferidas em fevereiro, as declarações só foram conhecidas agora, depois de terem sido interpostos em tribunal vários processos contra a magistrada, um deles financiado pelo próprio Governo mexicano.
Jones explicou ainda que “a pena de morte propicia a um preso a possibilidade de fazer as pazes com deus”.
Contactados pelo Expresso, os serviços de relações públicas da faculdade explicam que não existe nenhuma gravação vídeo da conferência e que as declarações da juíza foram ouvidas por várias testemunhas presentes no auditório.
É melhor ser executado do que passar a vida numa prisão mexicana
Aos alunos de Direito, Edith Jones explicou também que a decisão do Supremo Tribunal Americano de suspender a pena de morte para indivíduos inimputáveis cria um “precedente perigoso”.
Denegrindo o sistema judicial do México, que acabou com a pena capital em 2005, a juíza afirmou que “qualquer mexicano preferiria estar no corredor da morte, aguardando a execução nos EUA, do que numa prisão mexicana”.
Edith Jones, 64 anos, foi nomeada pelo antigo presidente Ronald Reagan e, por duas vezes, durante os mandatos de George H. W. Bush e George W. Bush, apontada como potencial candidata ao Supremo Tribunal Americano.
Fonte: Expressopt