Por: CRISTINA FIBE
Candidata do PV pede fim de taxação a etanol
Candidata do PV à Presidência, Marina Silva defendeu ontem, em Nova York, a manutenção da política macroeconômica atual. Pediu, porém, mais investimentos em infraestrutura e redução de gastos públicos.
Em almoço com empresários brasileiros e americanos, no Council of the Americas, a senadora afirmou que o Brasil “vive momento privilegiado” e precisa “transformar essa janela de oportunidade em uma grande porta”.
Acompanhada do economista Eduardo Giannetti da Fonseca, Marina disse que “o Brasil passou por essa crise [iniciada em 2008] sem grandes sobressaltos, e o que nós queremos é manter o tripé da política econômica”.
Ela prometeu manter “o controle de inflação, o câmbio flutuante e as nossas reservas, o superavit primário”. Disse ainda que o país precisa reduzir gastos públicos, mas sem diminuir investimentos em “áreas estratégicas, como saúde e educação”, e sim “evitando o desperdício de recursos”.
No encontro com cerca de 40 empresários, Marina foi questionada sobre a infraestrutura do Brasil para investimentos externos.
A candidata respondeu que é preciso investir “na infraestrutura física, planejando, e na humana, investindo muito forte em educação”.
Marina pediu ainda o fim da taxação americana ao etanol brasileiro e afirmou que “o Brasil tem dado uma contribuição importante [aos EUA], inclusive no processo de recuperação americana, porque o nosso país importa mais do que exporta”.
POLÍTICA EXTERNA
Sobre outra questão que opõe Brasil e Estados Unidos, o Irã, a candidata fez duras críticas ao apoio do governo Lula ao regime de Mahmoud Ahmadinejad.
“Conversar não é proibido, mas eles [iranianos], infelizmente, têm uma tradição de tentar construir a bomba atômica, e o tempo todo estão perseguindo esse objetivo”, afirmou Marina a jornalistas.
O governo brasileiro defende o direito de o Irã enriquecer urânio com fins pacíficos. Para os EUA, o país persa busca armas nucleares.
Marina inaugurou ontem a primeira Casa de Marina no exterior. Hoje, ela volta a se reunir com empresários, em encontro promovido pela Bovespa que já levou Dilma Rousseff (PT) a Nova York.
Fonte: Folha de S.Paulo