‘Ser primeira-dama foi a maior honra da minha vida’, disse.
Por France Presse, para G1
Mihelle Obama pronunciou nesta sexta-feira (6) um emocionante discurso de despedida na Casa Branca, quando citou a “magnífica diversidade” dos Estados Unidos e exortou os jovens a não temer o futuro e lutar por seus direitos.
“Ser primeira-dama foi a maior honra da minha vida, espero que estejam orgulhosos de mim”, disse com voz embargada a primeira “First Lady” afro-americana da história dos Estados Unidos.
Duas semanas antes da posse do republicano Donald Trump, a mulher de Barack Obama apelou aos americanos para que se mantenham ativos para “preservar e proteger” seus direitos.
“A todos os jovens que me escutam, saibam que este país é de vocês, qualquer que seja a sua origem e o seu passado”, declarou Michelle, filha de operários que se graduou em Princeton e Harvard, duas das universidades de maior prestígio dos Estados Unidos.
“Se seus país são imigrantes, tenham em conta que isto faz parte de uma tradição da qual os Estados Unidos se orgulham (…). Saibam também que a diversidade religiosa é uma grande tradição americana, sejam muçulmanos, cristãos, judeus, hindus ou sikhs”, declarou a primeira-dama.
“É nossa magnífica diversidade que nos faz o que somos”, disse Michelle, 52 anos, acrescentando que pensa em prosseguir com seu trabalho voltado à educação das meninas, nos Estados Unidos e no restante do mundo.
“Não tenham medo! Me ouçam! Não tenham medo, mantenham o foco, a determinação, sejam fortes. É minha última mensagem para vocês como primeira-dama, jovens americanos. É uma mensagem simples”.
Em meados de outubro, em plena campanha eleitoral, Michelle denunciou a atitude “espantosa” do então candidato Donald Trump em relação às mulheres, se dizendo “assustada até a espinha”.
“Não é normal. Não é justo este jogo político. Isto é vergonhoso, intolerável”, declarou Michelle ao recordar este episódio da campanha: “Os comentários deselegantes sobre nossos corpos, a falta de respeito a nossas ambições e à nossa inteligência”.
Michelle também faz campanha contra a obesidade, ajuda famílias de ex-combatentes e ao longo dos últimos anos tem citado com frequência e mais diretamente as desigualdades da sociedade americana e as questões raciais.
Apesar de sua alta popularidade alimentar continuamente questões sobre suas ambições eleitorais, Michelle afirma que não se lançará na política.
“Michelle jamais será candidata”, afirmou Obama há poucas semanas. “Tem uma cumplicidade incrível com os americanos, mas é muito sensível para se lançar na política”.