por Leno F. Silva
O Só agora percebi ser esta a centésima edição de Outras Impressões da Terça. É um número expressivo, mas se forem eliminados os dois zeros, retornarei ao início, como se hoje fosse o dia inaugural desta segunda fase de manifestações semanais. Foi muito bom chegar até aqui e será melhor ainda dar continuidade. Por aqui, fico. Até a próxima.
Perto da quarta-feira
Nesta terça é quase nada
Nem chuva, nem vento, nem picolé
Faltou tempo, e sobraram as horas
O carro passou, e o trem chegou
O sol brilhou e a lua é minguante
Cadê a inspiração? Não acordou
Onde está o dinheiro? Na China
E quem ganhou o bolão? Ninguém
Nesta terça, de novo é o dia
Nesta noite, o que será?
O jornal chegou e a notícia é velha
Quem dançou: “O Artista”
Quem cresceu? O “Hugo Cabret”
Quem renasceu? O Georges Méliès
Quem venceu? O cinema
Nesta terça, perto da quarta, lembrei-me do Barros de Alencar e os seus sucessos nas ondas do rádio
Também captei algo de Wando no ar, e na trilha a sua “Moça”
E, de súbito, cantarolei “Que tudo passa; tudo passará”, com o vozeirão do Agnaldo Timóteo
Memórias da vida que não se apagam
E nessa atmosfera, fecho esta Impressão
Com graça, carinho e sem pretensão
Porque, amanhã, tem feijoada (inclusive vegetariana)