A presença africana no Renascimento europeu », é o título de uma mostra em exibição nos Estados Unidos e que revela a forma como África era encarada pelos autores renascentistas.
Brasília – «A presença africana no Renascimento europeu », é o título de uma mostra em exibição nos Estados Unidos e que revela a forma como África era encarada pelos autores renascentistas.
Do renascentismo, Cindy Robinson retém o que aprendeu há mais de 25 anos na universidade: «Foi um período que mudou a Europa para sempre». O que não sabia quando visitou a exposição é que no que à criação cultural diz respeito, parte do que se produziu naquele tempo foi inspirado no convívio com africanos.
O «encontro» com essa época aconteceu há pouco tempo na Universidade de Princeton, New Jersey, EUA, durante a segunda exibição de uma exposição de obras de autores europeus cujos trabalhos de uma ou de outra forma refletem o que África representava para alguns europeus.
Robinson não está «sozinha». De resto, esta foi uma das razões que inspirou Joaneath Spicer, curadora do Museu de Arte de Baltimore, em Maryland a promover a exposição. Depois de ter estado em Baltimore entre outubro de 2012 e janeiro de 2013, a exposição foi levada para o Museu de Arte da prestigiada Universidade de Princeton, onde ficará até junho. A surpresa que tomou conta de Cindy Robinson, quando franqueou os portões do museu da Universidade de Princeton, foi a mesma que tomou de «assalto» algumas das pessoas que foram ao Museu de Arte de Baltimore. Curadora de ambas as exposições, especialista rodada na docência e em vários museus, Joaneath Spice não se surpreendeu com este tipo de reações.
«Não são muito comuns exposições com este perfil. Logo, um dos objetivos é servir o público que não tem contacto com esta parte da história». Preparada com mais de três anos de antecedência, a exposição encontrou pelo caminho problemas comuns a uma sociedade onde questões que mexam com relações raciais tendem a gerar conflitos. Segundo ela alguns dos museus mais conhecidos rejeitaram a exposição.
Fonte: África21