Na média, os números apontam que foram julgado oito casos por ano
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Apenas 244 processos de racismo e injúria racial foram julgados no estado do Rio de Janeiro desde 1988. Na média, os números apontam que foram julgados oito casos por ano. As informações são de um levantamento divulgado pela GloboNews.
As denúncias de vítimas de preconceito são frequentes, mas poucos seguem na Justiça. Um dos casos apurados pelo G1 foi o da produtora de eventos, Mariama Sabi.
“Em 2009, em uma loja na Rua Visconde de Pirajá, fiz a compra de uma camisa. Após pagar troquei a camisa no interior da loja. Ao sair, o segurança me abordou fisicamente. Ele segurou o meu braço enquanto estavam no telefone, até terminarem a ligação. Eu gritava e falava que não poderiam me abordar daquela forma. Ele me questionou por qual motivo eu estava nervosa e sinalizou que eu tinha sido vista furtando um produto”, revelou.
Na época do ocorrido, Sabi estava grávida e prestou queixa após o nascimento do bebê. “No momento em que fui chamada eu não podia comparecer porque tive o meu filho no dia em que estava agendado. Infelizmente o processo foi arquivado pelo não comparecimento de ambas as partes”, explicou.
O racismo crime inafiançável e que não prescreve desde a Constituição 1988. No entanto, desde então, apenas 244 casos de racismo e injúria racial – quando alguém usa de palavras depreciativas à raça ou cor da vítima – foram efetivamente julgados e punidos.