A ONG Visão Mundial fez ontem um protesto formal ao governo brasileiro contra o que qualifica de política “imperialista”, preconceito e discriminação contra os haitianos Claude Rinvil e Jean-Wilbert Baptichon que foram barrados pela imigração do Aeroporto de Guarulhos, no dia 23 de janeiro, quando tentavam desembarcar em São Paulo. Os deportados eram convidados de um treinamento sobre políticas públicas. Os haitianos, que tiveram documentos e bagagens apreendidas pela imigração brasileira, tinham visto de entrada emitido pela Embaixada do Brasil em Porto Príncipe. De acordo com a ONG, eles estavam com a documentação em dia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
“Eles (os policiais) reproduziram a mesma atitude imperialista que os americanos sempre praticam com brasileiros e latinos”, criticou Wellington Pereira, dirigente da entidade. De acordo com a PF, os haitianos estavam com o visto errado – de turista, em vez de estudante -, não tinham dinheiro para bancar a estada e deram informações contraditórias na entrevista para justificar a viagem. A PF informou também que não se trata de deportação – medida prevista para estrangeiros indesejáveis – mas de “inadmissão de pessoa que não cumpre os requisitos legais para entrar no País”. A ONG não reconhece as causas alegadas pela PF para barrar os haitianos e cobra das autoridades “uma resposta para o incidente”.
Fonte: Terra