‘Eu sou da fronteira entre culturas’, diz Mia Couto
Moçambicano lança seu primeiro romance histórico e reflete sobre a memória Por Leonardo Cazes Do O Globo O moçambicano Mia Couto escreve sempre no limiar entre culturas, a portuguesa e a dos povos originários do seu país. Em “Mulheres de cinzas” (Companhia das Letras), seu primeiro romance histórico que abre a trilogia “As areias do imperador”, o escritor aborda o encontro violento das linhagens que formam a identidade de Moçambique. A história se passa no final do século XIX, período em que o sul do país foi palco de confrontos entre os colonizadores lusos e as tropas de Ngungunyane, último líder do segundo maior império do continente comandado por um africano. A trama é conduzida por dois narradores: Imani, a adolescente da tribo VaChopi educada pelos jesuítas, e o sargento português Germano de Melo, republicano degredado após participar de revoltas contra a monarquia. São os dois lados da confluência entre ficção ...
Leia mais