Ufes conclui processo administrativo contra professor acusado de racismo

É esperada para a próxima semana a entrega do relatório final do processo administrativo disciplinar aberto contra o professor Manoel Luiz Malaguti Barcelos Pancinha, acusado de racismo por estudantes de Ciências Sociais, por supostamente ter feito comentários em sala de aula sobre a política de cotas adotadas nas universidades federais.

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O relatório final elaborado pela comissão de inquérito será entregue ao reitor Reinaldo Centoducatte para julgamento. A partir da decisão, o professor será notificado, o que está previsto para ocorrer na próxima semana.

O fato ocorreu no dia 3 de novembro do ano passado, durante uma aula do curso de Ciências Sociais, quando em uma discussão sobre a política de cotas, o professor teria feito comentários racistas.

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A partir da formalização da denúncia, a Ufes afastou o professor do exercício de sua função e instituiu uma Comissão de Sindicância para, num período de 30 dias, colher os depoimentos dos envolvidos e elaborar um relatório sobre a conduta do docente.

De acordo com os relatos de alunos, o professor teria se dirigido a universitários cotistas e dito que “detestaria ser atendido por um médico negro ou advogado negro” e que o nível intelectual da Ufes reduziu-se com a presença de negros cotistas.

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Ainda dentro de declarações polêmicas do docente, ele teria dito que o nível na Ufes tenha caído ao nível do ensino médio por considerar os alunos cotisas “semianalfabetos”.

Diante de toda a polêmica, a Ufes abriu o processo administrativo para que fosse investigada a conduta do professor. O professor voltou a dar aula e enfrentou protesto de alunos.

De acordo com a assessoria da Universidade, o processo é sigiloso e o resultado da investigação deverá ser comunicada primeiramente ao professor. Só depois que o assunto poderia ser divulgado na imprensa.

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