Rio premia diferentes manifestações da arte afro-brasileira

Este ano foram inscritos 405 projetos, e a premiação totalizou R$ 1,4 milhão

No Brasileiros.com

A terceira edição do Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afro-Brasileiras, na noite desta segunda-feira (26), no Teatro Rival, no centro do Rio de Janeiro, contemplou 20 projetos de diferentes regiões do país, que atuam com expressões da cultura negra através da arte. O evento é uma iniciativa do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Osvaldo dos Santos Neves (Cadon), Petrobras e Fundação Cultural Palmares com o objetivo de abrir espaço às manifestações artísticas de estética negra.

Este ano foram inscritos 405 projetos, e a premiação totalizou R$ 1,4 milhão, distribuídos nas categorias dança, artes visuais, teatro e, pela primeira vez, música.

De acordo com a presidenta do Cadon, Ruth Pinheiro, o prêmio contribui para elevar a cultura negra de todo o país, o que pode ser demonstrado pelo número de diferentes cidades que apresentaram projetos. “Foi o primeiro prêmio nacional feito exclusivamente para contemplar projetos de cultura afro-brasileira, visando a contemplar não só os artistas, mas também os produtores que trabalham com esta área e não têm recursos. A ação faz parte da democratização dos recursos de cultura. Já estamos na terceira edição, e tem sido um sucesso.”

Além do prêmio em dinheiro, os selecionados também receberam troféu e tiveram seus nomes impressos em catálogo com todos os projetos vencedores, com o intuito de promover os trabalhos dos artistas.

Na categoria música, foram premiados projetos de Mato Grosso, do Maranhão, Pará e de Minas Gerais. Já na categoria teatro, os prêmios foram para o Ceará, Rio Grande do Norte, Pará, para Minas Gerais e o Rio de Janeiro. Na dança, os estados premiados foram Alagoas, Pernambuco, Tocantins, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Nas artes visuais os vencedores são do Distrito Federal, da Paraíba, do Pará, de São Paulo e do Paraná.

A ideia do prêmio surgiu na Bahia, em 2006, durante o 2º Fórum Nacional de Performance Negra que abordou a necessidade de políticas públicas e editais de financiamento de valorização da cultura e dos artistas afro-brasileiros. A partir daí, já foram duas edições do prêmio, em 2010 e 2011, com apoio do Ministério da Cultura. Elas premiaram em torno de 40 projetos e artistas de todo o país

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