Ei, você que sempre ouve as mesmas músicas e nunca prestou atenção em quem canta. Você já reparou se ouve mais mulheres ou homens? E se eles são negros ou negras? Nós não queremos impor regras, longe disso, mas você pode ter deixado de curtir algum som porque nunca ouviu falar de várias cantoras brasileiras e internacionais negras, e bem boas. Vamos te ajudar com isso! Se o seu problema são os gostos musicais, nós garantimos uma variedade, tem até Death Metal na lista!
no Catraca Livre
01 – Mc Linn Da Quebrada
“Bicha, trans, preta e periférica. Nem ator, nem atriz, atroz. Bailarinx, performer e terrorista de gênero”. Foi assim que Linn Da Quebrada definiu sua descrição nas redes sociais. A Mc e Funkeira veio do interior de São Paulo e vem ganhando a cena brasileira com o seu talento — e a desconstrução de gênero. Além das músicas pra descer até o chão, as letras carregam um recadinho para os homofóbicos e racistas de plantão!
02 – Mahmundi
Ela tem aquela voz mansinha, com sotaque carioca, um black bem bafo e quando pega o microfone, caramba, ecoa um ritmo bem singular com batidas eletrônicas. Além de cantora, Marcela Vale, também é produtora e compositora. O prêmio “Revelação” da APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de 2016, foi pra dela. Em 2016, a moça lançou o seu primeiro disco.
03 – Tássia Reis
“Eu sou a resposta e a pergunta do seu desespero, o que eles tem de idiotice meu som tem de peso”, esse é um trecho de “Ouça-me”, música que faz parte de “Outra Esfera”, o novo áblum de Tássia Reis. A cantora que saiu de Jacareí para o mundo mergulha em um nova fase e mostra o que é afrontamento para o público. Neste ano, ela foi capa de uma revista de cosméticos brasileira bem conhecida e levou o conceito de representatividade adiante. Como ela mesma diz: “clack boom”!
04 – Iza
Publicitária de formação e cantora desde os 14 anos, Iza, investiu no pop como carro chefe do seu trabalho. Ela é conhecida por alguns covers de Rihanna, Beyoncé e MO. Em maio foi contratada por uma grande gravadora brasileira.
o5 – Mc Soffia
A MC mirim é daquelas que encanta as crianças e os adultos. Soffia, aos 12 anos, cantando desde os 6, já leva seu recado pra quem quiser ouvir e principalmente para as pequenas, que podem cantar e entender o recado de uma das músicas: “Menina Pretinha”. Atualmente ela trabalha na produção do seu primeiro álbum.
06 – Andra Day
Aos 31 anos, Andra Day, viu sua atuação com a música “Rise Up” entrar na lista dos indicados para Melhor Performance de R&B do Grammy Awards 2016. A cantora foi descoberta em 2012, após ficar famosa na internet com covers de Jessie J e Eminem. A carreira alavancou há pouco tempo e as influências de soul, R&B e Jazz estão chegando cada vez mais longe.
07 – Ibeyi
Elas vieram até São Paulo em setembro, é, infelizmente você perdeu um showzão, com duas irmãs que fazem um som bem diferente, Lisa-Kaindé e Naomi Díaz. Não era pra menos, já que as gêmeas franco-cubanas cantam em Yorubá (língua de origem africana), origem do nome da dupla. Cajón peruano e outros tipos de instrumentos de percussão africanos estão presente nas músicas. Ah, elas são filhas de Anga Díaz, percussionista do Buena Vista Social Club e participaram de Lemonade, o último álbum da cantora Beyoncé.
08 – Etana
Quando você ouve Etana, fica em dúvida se ela canta soul, folk ou reggae, mas dê uns trinta segundos para a jamaicana fazer jus às origens. Whtiney Houston e Bob Marley fazem parte das influências dela, e é bem isso que dá para perceber. Ela já passou pelo Brasil em 2013 e tem 4 álbuns.
09 – Dohrn
Por essa você não esperava, uma vocalista negra de Death Metal, não pode ser! Pode sim, pode muito. Alicia Warrington também é baterista e tocou com Kate Nash , Kelly Osbourne e até a diva teen, Selena Gomez. Em uma entrevista para a Noisey, ela disse: “Eu só estava ficando mais irritada com a música, estado da indústria da música e do estado do racismo, o sexismo, o material anti-feminista mundial. Eu queria representar isso, e trazer um pouco de feminismo ao metal, porque está faltando “. Tem dado certo!
10 – Akua Naru
Ainda criança, em New Haven, Connecticut, Akua Naru começou a escrever seus primeiros poemas. Vivendo atualmente em Colonia, na Alemanha, a rapper mistura ritmos africanos e sons derivados, mas também tem influências de jazz e soul no seu som. E mais uma vez, você já perdeu dois shows da cantora no Brasil, em 2014 e 2016. Na sua última passagem, a rapper cantou com Emicida, Rashid, Tássia Reis e outros artistas brasileiros.