Agressão a homossexuais: SP tem 25 denúncias por mês

Em seis meses, foram 153 ligações ao Disque 100 em São Paulo, que concentra maioria dos casos

no Gazeta de Taubaté

Em seis meses, foram registrados 153 chamados de violência contra homossexuais no estado de São Paulo, pelo Disque 100 do Governo Federal, o equivalente a uma média de 25 denúncias realizadas por mês.

Os casos representam 17,41% das denúncias do país inteiro, de acordo com dados divulgados pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, o Disque 100 – canal de denúncias sobre violação de direitos humanos.

Na região, por exemplo, São José dos Campos registrou quatro chamados de ocorrências homofóbicas no ‘Disque 100’ neste primeiro semestre do ano. Enquanto em Taubaté, nenhum caso foi apresentado em 2016. Já no ano passado, a cidade registrou dois casos.

“Existem muitas agressões gratuitas, simplesmente pela pessoa ser homossexual. O preconceito é o principal vilão desses atos de violência”, afirmou o Gerente de Projetos do Instituto São Paulo Contra a Violência Mário Vendrell Royo.

Os ataques homofóbicos não estão exclusivamente restritos ao estado de São Paulo: no período de 2011 até junho deste ano, 9.760 denúncias foram feitas no Disque-Denúncia. Das 879 denúncias de homofobia em 2016, as principais vítimas são os gays com (28,77%), seguidos de lésbicas (13,12%), transexuais (7,62%) e travestis (6,63%), informou a Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da Republica.

O GGB (Grupo Gay da Bahia), que realiza um levantamento dos homossexuais assassinados em todo o país, documenta que 149 homossexuais foram vítimas de assassinatos no primeiro semestre de 2016. Em todo o ano passado, foram 319 crimes em razão desse tipo de preconceito.

Neste ano, o maior número de crimes por homofobia se concentra no estado de São Paulo com 23 casos.

“A quantidade de homicídios de jovens homossexuais na região é assustador e não sabemos a motivação. Nosso objetivo é a inclusão social. Lutamos por políticas públicas para o público LGBT”, afirmou a presidente da ONG Orientação LGBT de São José, Rhayana Meirelles.

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