Starbucks enfrenta mais uma acusação de racismo

Funcionário de unidade da Starbucks em Los Angeles foi acusado de imprimir uma ofensa racial nos copos das bebidas de um cliente latino.

Do Portalmie

Gene J. Puskar | AP Photo

Enquanto a rede Starbucks se prepara para fechar suas lojas no final deste mês para um curso de educação contra o preconceito racial, um incidente no subúrbio de Los Angeles (EUA) está mostrando por que o treinamento é necessário.

Um barista em uma unidade da Starbucks em La Cañada Flintridge é acusado de imprimir uma ofensa racial nos copos das bebidas de um cliente latino no dia 15 de maio.

Priscila Hernandez disse à CNN que um colega que trabalha com ela em um restaurante foi até a loja da Starbucks, que fica próxima, e comprou as bebidas. É um costume quase que diário.

Seu colega pediu um white chocolate mocha e um caramel macchiato gelado e disse ao barista seu nome, Pedro, de acordo com Hernandez.

Contudo, Hernadez disse que quando ele trouxe as bebidas, ela notou que a palavra “beaner” estava escrita nos copos ao invés de Pedro. Beaner é um termo ofensivo para se referir a mexicanos nos EUA.

Uma cliente da rede Starbucks disse que encontrou essa etiqueta no copo de seu colega de trabalho latino (Priscilla Hernadez/Twitter via CNN)

 

“Perguntei se ele tinha notado o que eles tinham escrito em seu copo. Ele disse não. Então, fiquei muito decepcionada porque isso não está certo”, disse ela.

Hernandez disse que ligou para a loja e eles relataram que os funcionários não conseguiram entender o que Pedro havia dito. Eles também ofereceram um gift card no valor de 50 dólares.

“De todos os nomes que eles poderiam colocar no copo por o terem entendido mal eles decidiram colocar justo beaner?” disse ela, frisando que os funcionários da Starbucks aparentemente entenderam Pedro bem o suficiente para pegar o pedido de forma correta.

Hernandez seguiu com uma queixa ao Starbucks no Twitter. A empresa respondeu rapidamente.

“Agradecemos por nos informar, Priscilla. Essa não é uma experiência acolhedora que visamos oferecer e temos que chegar a esse cliente para pedir desculpas e fazer as coisas certas”, disse a Starbucks no Twitter.

Hernandez disse que ela e Pedro se encontraram com o gerente de distrito da rede na manhã de 17 de maio. Ela disse que ele foi muito tolerante e prometeu investigar o incidente.

Pedro não quis comentar sobre essa história, disse Hernandez à CNN.

A rede de café está planejando fechar todas as suas 8.000 lojas na tarde de 29 de maio para que ela possa oferecer treinamento contra preconceito racial a seus 175.000 funcionários.

O treinamento foi anunciado em resposta à prisão de dois homens negros no mês passado em uma unidade da Starbucks na Filadélfia, enquanto eles estavam esperando por um amigo dentro da loja. Como parte do acordo com os homens, a Starbucks e a cidade concordaram em apoiar uma iniciativa de 200.000 dólares para encorajar jovens empreendedores.

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