Leal a Dilma, Exército desmente Noblat e Merval

“Quando empregamos tropas em eventos de pacificação ou de garantia da lei e da ordem, a determinação nos é dada por meio da Presidência da República. Se algum governador desejar a participação das tropas para qualquer coisa, tem que pedir à Presidência, esse é o fluxo”, disse o general Otávio Rêgo Barros, do Centro de Comunicação Social do Exército; no fim de semana, os colunistas Ricardo Noblat e Merval Pereira, do Globo, afirmaram que os militares já estavam de prontidão para ir às ruas e também dialogando com seus interlocutores no meio político para acelerar o impeachment; era só terrorismo midiático; segurança do dia 13 será dada pela polícia de cada estado

No Brasil 247

As Forças Armadas reafirmaram sua lealdade à presidência de Dilma Rousseff, em nota divulgada pelo general Otávio do Rêgo Barros, do Centro de Comunicação do Exército. No documento, ele nega que oficiais militares teriam oferecido “reforços” para governadores, a fim de garantir a paz e a ordem durante os protestos marcados para o dia 13 de março.

“Quando empregamos tropas em eventos de pacificação ou de garantia da lei e da ordem, a determinação nos é dada por meio da Presidência da República. Se algum governador desejar a participação das tropas para qualquer coisa, tem que pedir à Presidência, esse é o fluxo”, disse o general Otávio Rêgo Barros, do Centro de Comunicação Social do Exército.

Ele afirmou ainda, em entrevista ao Valor, que a mensagem principal do Exército é pedir “união” neste momento de crise. “É essencial que as Forças Armadas, até pela credibilidade que têm, tenham papel completamente institucional e de Estado. Consideramos muito importante que a instituição fique pairando acima de qualquer viés ideológico”, diz (leia aqui).

Pedido de reforço do Globo

A suposta entrada dos militares na crise política foi noticiada pelos jornalistas Ricardo Noblat e Merval Pereira, do Globo. Noblat dizia que os militares cobravam de seus interlocutores no meio político uma solução rápida para a crise, ou seja, o impeachment. Merval afirmava que os generais estavam prontos para colocar tropas nas ruas.

Como se vê pela nota do general Rêgo Barros, era tudo mentira de dois dos principais colunistas do Globo, que apoiou o golpe militar de 1964. Incitadora do golpe, a Globo imaginava que a suposta delação de Delcídio Amaral e a ação policial contra o ex-presidente Lula criariam o ambiente perfeito para as manifestações de 13 de março.

No entanto, a reação foi contrária e o que se viu foi a formação de uma onda em defesa da democracia e em solidariedade ao ex-presidente Lula. Além disso, a Globo foi alvo de manifestações em frente à sua sede, no Rio de Janeiro, e em Paraty (SP), onde foi construído um triplex atribuído aos donos da Globo – o que os Marinho negam.

+ sobre o tema

Mulheres em cargos de liderança ganham 78% do salário dos homens na mesma função

As mulheres ainda são minoria nos cargos de liderança...

‘O 25 de abril começou em África’

No cinquentenário da Revolução dos Cravos, é importante destacar as...

Fome extrema aumenta, e mundo fracassa em erradicar crise até 2030

Com 281,6 milhões de pessoas sobrevivendo em uma situação...

para lembrar

Tempo rei – por Mauricio Pestana

Enviado para o Portal Geledés Quando Bento XVI,...

O Judiciário e a corrupção, por Joaquim Barbosa

O ministro Joaquim Barbosa, do STF, se revela descrente...

Michelle mostra bairro onde nasceu

A primeira-dama dos EUA, Michelle Obama, levou no domingo...

Por unanimidade, OAB pede que Moro e Dallagnol se afastem de seus cargos

Do Viomundo  NOTA OFICIAL O Conselho Federal da Ordem dos Advogados...

Presidente de Portugal diz que país tem que ‘pagar custos’ de escravidão e crimes coloniais

O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, disse na terça-feira que Portugal foi responsável por crimes cometidos durante a escravidão transatlântica e a era...

O futuro de Brasília: ministra Vera Lúcia luta por uma capital mais inclusiva

Segunda mulher negra a ser empossada como ministra na história do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a advogada Vera Lúcia Santana Araújo, 64 anos, é...

Desigualdade ambiental em São Paulo: direito ao verde não é para todos

O novo Mapa da Desigualdade de São Paulo faz um levantamento da cobertura vegetal na maior metrópole do Brasil e revela os contrastes entre...
-+=