Mulheres negras não têm espaço nas políticas públicas do país, diz especialista

A ausência da mulher negra nas estruturas de poder da sociedade brasileira foi uma das críticas feitas na quinta-feira (13) pela diretora do Instituto da Mulher Negra de São Paulo – Géledes, Sueli Carneiro, durante a abertura do 1º Seminário Nacional de Empoderamento das Mulheres Negras, realizado em Brasília.

Fonte: Jornal O Girassol –

De acordo com Sueli Carneiro, a situação das mulheres negras nas políticas públicas desafia a democratização racial no país. “As mulheres negras estão ausentes de todas as estruturas de poder da sociedade. Elas são absolutamente minoritárias em espaço de decisões. É uma condição de subordinação e de subalternação social que precisa ter as causas e as razões discutidas”, disse.

Entre os espaços sociais em que as negras são expostas ao preconceito, Sueli afirmou que o mercado de trabalho é o que gera a maior exclusão em decorrência dos padrões estéticos exigidos.

“A discriminação no mercado de trabalho gera a exclusão de oportunidades para as mulheres negras. Existe uma ideologia poderosa operando no mercado de trabalho, que procura pelo fator estético hegemônico e que autoritariamente exclui as pessoas que não estão dentro do padrão seguido pelos grupos dominantes do país”, afirmou.

O seminário vai reunir, até sábado (15), as mulheres negras vinculadas a partidos políticos e militantes das várias articulações nacionais do movimento social para a discussão de diversos temas, tais como: comunicação e políticas de promoção de igualdade racial, organização partidária e mecanismos de empoderamento.

Os ministros das secretarias especiais de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Edson Santos, e de Políticas para Mulheres, Nilcéa Freire também estiveram na cerimônia de abertura do seminário. (Da Agência Brasil)

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