A PEC do Trabalho Escravo está Engavetada. Os Proprietários Rurais Escravistas Impunes

Fonte: Kaosenlared.net

 

 

 

Uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) espera a aprovação desde 2001, mas ainda está engavetada. Conhecida como PEC do Trabalho Escravo, foi criada com o intuito de penalizar os proprietários rurais que usam trabalho escravo em suas terras. A pena seria a desapropriação da área para fins de reforma agrária. A medida espera a aprovação no Congresso Nacional.

O ambientalista e coordenador do portal EcoDebate, Henrique Cortez, observa que as medidas de sanções anteriores a esta proposta eram facilmente dribladas pelos proprietários rurais, visto que o trabalho era negociado por terceiros. Com a possível perda da propriedade, a medida poderia ser mais eficaz ao combate da escravidão.

“Essa é uma PEC que começou em 2001. Foi votada no Senado duas vezes e foi aprovada. Foi votada na Câmara dos Deputados – deveria ter sido votada duas vezes, mas foi votada apenas uma vez, sendo aprovada. Falta esta segunda votação. Só que isto está parado na gaveta do presidente da Câmara desde 2003. Eu acho que há uma grande omissão por parte do governo.”

Ele também defende o compromisso em listar as empresas que possuem denúncias de trabalho escravo – a “lista suja” do Ministério do Trabalho.

“Permite que o próprio governo conheça as empresas que estão envolvidas com trabalho escravo ou degradante, privando-as de investimento público e vantagens. Também permitem que outras empresas possam excluir dos seus catálogos de fornecedores estas empresas envolvidas com trabalho escravo.”

Desde que a lei que foi proposta, o Brasil já registrou a libertação de 26 mil trabalhadores em condições semelhantes à escravidão.

Matéria original

+ sobre o tema

Você sabe o que são ‘direitos humanos’?

Mesmo ouvindo a expressão “direitos humanos” com frequência,...

O paradoxo da justiça climática no Brasil: o que é e para quem?

Há uma infinidade de ensaios, estudos de caso e...

“Na defesa de direitos, é inevitável enfrentar debates espinhosos”

Secretário propõe uma reação aos retrocessos na agenda de...

O maior mérito do SUS é a extinção do indigente da saúde

Por Fátima Oliveira Graças à santíssima ignorância por falta de...

para lembrar

Enfrentamento ao racismo é abordado de forma limitada

Considerando a relevância do racismo, pode-se dizer, que o...

Jornais partem para uma nova guerra contra o Facebook

Ao anunciar  que deixará de publicar matérias jornalísticas na...

Raízes do Brasil: no levante dos bisturis, ressoa o engenho colonial – por Saul Leblon

Credite-se à elite brasileira façanhas anteriores dignas de...
spot_imgspot_img

Comissão Arns apresenta à ONU relatório com recomendações para resgatar os direitos das mulheres em situação de rua

Na última quarta-feira (24/04), a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos D. Paulo Evaristo Arns – Comissão Arns, em parceria com o Movimento Nacional...

Estudo relata violência contra jornalistas e comunicadores na Amazônia

Alertar a sociedade sobre a relação de crimes contra o meio ambiente e a violência contra jornalistas na Amazônia é o objetivo do estudo Fronteiras da Informação...

Brasil registrou 3,4 milhões de possíveis violações de direitos humanos em 2023, diz relatório da Anistia Internacional

Um relatório global divulgado nesta quarta-feira (24) pela Anistia Internacional, com dados de 156 países, revela que o Brasil registrou mais de 3,4 milhões...
-+=