Blick Bassy é a mais nova voz “soul” dos Camarões

Blick Bassy é a mais nova voz “soul” dos Camarões – Soul, no sentido da voz que vem de dentro. De acordo a Bassy, a alma da sua música não está tanto nas palavras mas da maneira que ele canta.

No seu álbum Léman, o cantor/compositor/guitarrista/percussionista conecta a música da África Central e Ocidental e mistura com bossa nova, jazz e soul.

Léman é o primeiro trabalho discográfico a solo de Bassy como também o primeiro trabalho para a produtora World Connection . “Léman significa espelho, e para mim um espelho é um reflexo do que somos”. O álbum é sobre o meu passado e sobre ser Africano, por isso canto em Bassa que é uma das 260 linguas Camaronesas que poucas crianças sabem falar”.

Bassy nasceu nos Camarões em 1974 com vinte irmãos na capital de Camarões, Yaoundé, onde pessoas de toda a parte do país se reúnem e a a lingua oficial são o Françês e o Inglês.

Com 10 anos de idade, Bassy, que significa “povo da terra” foi viver com os avós por dois anos in Mintaba, uma pequena vila situada no centro de Camarões. Foram os avós que o iniciaram nos custumes tradicionais e cultura, e também o treinaram como caçador, pescador e agricultor e também foi educado nas suas músicas tradicionais. Em Mintaba, as pessoas cantam mais do que falam, a mae de Bassy cantava desde manha até de noite, e foi ela que o ensinou a cantar. Quando voltou para casa dos pais, Bassy ouvia Marvin Gaye, Gilberto Gil e Nat King Cole.

Blick Bassy começou a sua primeira banda, Jazz Crew, quando ele tinha 17 anos. Tocando uma fusão de melodias africanas, jazz e bossa nova, Jazz Crew rapidamente começou a ser o grupo mais procurado da cidade. Em 1996, Bassy formou uma nova banda de nome Macase. Durante quase 10 anos de sucesso, Macase lançou dois álbuns aclamados, Etam (1999) and Doulou (2003), como também ganharam vários prêmios nacionais e internacionais, incluindo o Prêmio RFI para Música do Mundo (2001) Prêmio MASA de Melhor Grupo (2001) Prêmios KORA de Novo Grupo Africano (2003), e Prêmio CICIBA (2003).

Em 2005, Bassy decide deixar os Macase e muda-se para Paris onde começa a trabalhar com Manu Dibango, Cheick Tidiane Seck, Lokua Kanza and Etienne Mbappé. Poucos anos depois, Bassy assina um contrato com a produtora World Connection aonde tem a chance de trabalhar no seu álbun a solo, Léman.

Fonte: Luanda Jazz Festival

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