Sumbe– A vice-presidente para a África Austral da Organização Panafricana, Carolina Cerqueira, apelou hoje, quinta-feira, no Sumbe, província do Kwanza Sul, às mulheres a dedicarem-se a formação, de modo a estarem aptas para contribuir na reconstrução e no desenvolvimento do país.
Carolina Cerqueira, igualmente ministra da Comunicação Social, fez este apelo durante a palestra subordinada ao tema: “A participação da mulher no desenvolvimento de África”, no quadro das comemorações do 31 de Julho, Dia da Mulher Africana.
Sobre o lema “Mulher africana na redução da mortalidade materno infantil e do HIV/Sida”, disse ser uma grande preocupação dos estados africanos, em defesa da vulnerabilidade das mulheres e crianças.
Referiu que a nível do continente africano, a União Africana tem vindo a providenciar o mecanismo de liderança feminina nos vários países membros através da criação de comissões que ficaram mais evidenciadas com a actualização da política sobre o género.
De acordo com a responsável, os países membros são assim chamados a implementar programas e políticas a nível nacional, num total de 27 membros da União Africana que ratificaram a carta africana dos direitos do homem e do povo.
Acrescentou que no continente cerca de 70 porcento dos estados-membros têm políticas de promoção do género, embora esta medida não esteja ainda a ser implementada.
Afirmou ainda que a rede da mulher africana é uma plataforma que vai ajudar a acelerar a implementação das políticas do género nos diversos factores como saúde, educação, participação no desenvolvimento económico, sendo necessários recursos para levar a cabo programas para que haja uma verdadeira igualdade do género face à crise económica que os países atravessam.
Para Carolina Cerqueira, o estatuto da mulher africana constitui um dos principais desafios para o desenvolvimento do continente, já que a igualdade do género é partilhada com outros valores como a paz, a boa governação, o desenvolvimento, defesa dos direitos humanos, a participação e desenvolvimento da cidadania e a cultura.
Fonte: Angola Press