Alcione recebe medalha Tiradentes na Assembleia Legislativa

Enviado por / FonteDo Jornal Brasil

Com a desenvoltura de uma artista em apresentação, a cantora Alcione transformou em palco o Plenário Barbosa Lima Sobrinho da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Foi ela quem comandou a festa e deu o tom na cerimônia em que recebeu a Medalha Tiradentes, nesta quarta-feira (11/04), das mãos do deputado Chiquinho da Mangueira (PMDB) pelos seus 40 anos de carreira.

A festa começou com uma apresentação da bateria da escola mirim da Mangueira e um vídeo com um pot-pourri de músicas da Marrom. Segundo o deputado, homenagear a cantora com a mais alta comenda da Casa é uma forma de reconhecer não só seu talento musical, mas também seus serviços prestados à cultura e à população fluminense. “Alcione tem uma visão social, pois, há 25 anos, junto comigo, fundava o projeto Mangueira do Amanhã, algo que mudaria toda a estrutura da escola”, disse Chiquinho.

A carreira de 40 anos conta com um invejável currículo profissional, que inclui 27 discos de ouro, cinco de platina, um duplo de platina, uma galeria com 350 troféus e inúmeros títulos e honrarias. Para Alcione, a medalha é uma forma de também homenagear seu estado, o Maranhão, e os amigos. “É muito importante isso. Como diria o Cartola, estou recebendo flores em vida. Fico muito feliz e agradecida”, declarou.

Alcione Dias Nazareth nasceu em São Luís em 21 de novembro de 1947. A influência musical veio de casa: seu pai, João Carlos Dias Nazareth, era músico da banda da Polícia Militar do Maranhão e compositor. Aos 12 anos, fez sua primeira apresentação na Orquestra Jazz Guarani, regida pelo próprio pai. Formou-se e lecionou por dois anos como professora, mas não largou a música, tendo se apresentado na TV do Maranhão em 1965 e 1966. Veio para o Rio em 1968, e, na cidade, foi balconista e trabalhou na cantina do Ministério da Fazenda. Nessa época, começa a cantar na noite, levada pelo cantor Everardo.

Alcione ensaiava no Little Club, boate situada no Beco das Garrafas, em Copacabana, reduto onde teria nascido a bossa nova. Mas também cantou em outros locais. A sorte começa a sorrir para ela quando vence as duas primeiras eliminatórias do programa “A Grande Chance”, de Flávio Cavalcanti. De cara, assina seu primeiro contrato profissional com a TV Excelsior e vai se apresentar no programa “Sendas do Sucesso”. Após seis meses na emissora, sai em turnê pela América Latina. Nos anos 70, conhece Jair Rodrigues e começa a se apresentar com Emílio Santiago. Vai para a Europa, onde fica dois anos.

De volta ao Brasil, grava, em 1972, seu primeiro compacto. “O surdo” e “Não deixe o samba morrer”, seus primeiros sucessos, são dos anos 70. De lá para cá, foram 39 discos. Em 1987, numa ação pioneira, funda a Escola de Samba Mirim da Mangueira. Em 2003, tem seu grande momento: é agraciada com o Grammy Latino de melhor disco de samba.

 

 

 

 

+ sobre o tema

Nas telas – Pelé: um time à altura de sua vida

Nas telas - Pelé: um time à altura de...

Dão – ‘Para embelezar a noite’

Por Anne Pinto. Com 05 anos de carreira, Dão...

Jovens negros encontram em movimentos sociais a força para mudar de vida

Apesar da relevância social, Pesquisa sobre Organizações de Juventudes...

Homenagem aos imigrantes africanos e africanas

A habilidade de lidar e conviver com extremo contraste...

para lembrar

El racismo nuestro de cada día

Jesús Chucho García. Negar la existencia del racismo y...

63 anos da independência de Gana, a primeira na África Subsaariana

Organizado pelo político socialista Kwame Nkrumah, o povo ganense...

Juliana Alves e Sheron Menezzes postam fotos com seus bebês

Momento de pura fofura na manhã deste domingo: mãe...
spot_imgspot_img

Iza faz primeiro show grávida e se emociona: “Eu estou muito feliz”

Iza se apresentou pela primeira vez grávida na noite do sábado (27), em um show realizado no Sesc + Pop, em Brasília, no Distrito Federal. Destacando...

Clara Moneke: ‘Enquanto mulher negra, a gente está o tempo todo querendo se provar’

Há um ano, Clara Moneke ainda estava se acostumando a ser reconhecida nas ruas, após sua estreia em novelas como a espevitada Kate de "Vai na...

Podcast brasileiro apresenta rap da capital da Guiné Equatorial, local que enfrenta 45 anos de ditadura

Imagina fazer rap de crítica social em uma ditadura, em que o mesmo presidente governa há 45 anos? Esse mesmo presidente censura e repreende...
-+=