Angela Bassett, rainha de ‘Pantera Negra’, vê Salvador como sua fonte de inspiração

Atriz americana está na capital baiana para ser homenageada no Festival Liberatum, que reúne várias personalidades negras

“É agridoce e nostálgico”, diz Angela Bassett à reportagem, sobre sua vinda à Bahia. “Sendo Salvador a primeira [cidade] a importar nossos ancestrais, há uma fonte de inspiração que ela tem.”

A artista, que estrelou filmes como “Tina”, “Pantera Negra” e “Malcolm X”, esteve presente na capital baiana para o Festival Liberatum. O evento internacional de cultura e diversidade acontece até esta segunda na capital baiana.

O festival reuniu outros artistas internacionais, como as atrizes Viola Davis e Rossy de Palma. Além de personalidades brasileiras, como AlcioneTaís AraújoSeu Jorge, a deputada Erika Hilton, do PSOL, e a ministra da Cultura, Margareth Menezes.

Neste domingo, o festival homenageou Bassett com o prêmio Liberatum Cultural Pioneer Award como reconhecimento por sua importância para a cultura negra de todo o mundo.

Além da premiação, a homenagem incluiu shows com apresentações de Lazzo Matumbi com Ground Zero Blues, Ilê Ayê e a Orquestra Afrosinfônica com Luedji Luna e Márcio Vitor.

“Fiz um tour guiado pela cidade e amei aprender sobre a história e cultura de Salvador. Amei a performance ao vivo e ganhei um turbante personalizado feito na minha cabeça”, conta Bassett, sobre a experiência com o bloco Ilê Ayê.

A artista falou também sobre seu encontro com Taís Araújo, a qual descreveu como “linda e calorosa”. “Ela me fez sentir bem-vinda e amada. Estou feliz que haja uma representação de nós, mulheres e artistas negras, por todo o mundo.”

Questionada sobre Chadwick Boseman —o “Pantera Negra”, morto em 2020 e parceiro de cena de Bassett—, a artista disse que ele teria apreço pelo Liberatum. “Enquanto um homem negro orgulhoso, forte e compassivo, ele sempre esteve preocupado com o trabalho de elevação e progresso da comunidade.”

Nascida em Nova York, Bassett é atriz, cantora, compositora e instrumentista. Há 30 anos, foi indicada ao Oscar pelo longa biográfico “Tina”, em que deu vida à cantora Tina Turner.

A artista é mestre em belas artes pela Universidade Yale, nos Estados Unidos. Neste ano, levou o Globo de Ouro na categoria de melhor atriz coadjuvante pelo seu papel de rainha Ramonda em “Pantera Negra 2 – Wakanda para Sempre”, filme que também rendeu a ela uma indicação ao Oscar.

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