O cantor, percussionista e compositor Carlos Negreiros morreu no Rio na quinta-feira (14). Negreiros integrou a Orquestra Afro-Brasileira, big-band criada há 80 anos pelo maestro Abigail Moura.
Segundo informou a Secretaria Municipal de Cultura carioca, o músico morreu no camarim do Teatro Municipal Ipanema na noite de quinta, depois de participar do show “Uma roda para Moacir Santos”, com o Andrea Ernest Dias Quarteto, ao lado de Ney Lopes e BNegão.
Também estavam na apresentação os músicos da banda: Andrea Ernest Dias (flauta), Pedro Fonseca (piano e teclados), Miguel Dias (baixo e arranjo) e Felipe Larrosa Moura (bateria).
Ao término do show, Negreiros foi muito aplaudido. O velório do corpo do artista será nesta sexta-feira (15) no Teatro Ipanema das 10h às 14h, e o sepultamento no Cemitério do Catumbi.
Orquestra Afro-Brasileira
Conhecida por misturar instrumentos da tradição ocidental, como sax e clarinete, e instrumentos afro-brasileiros, como o agogô e o berimbau, a Orquestra Afro-Brasileira ficou famosa por tocar músicas cantadas em português e em idiomas africanos, como banto e o iorubá.
A Secretaria de Cultura também informou que Carlos Negreiros assinava a direção artística do projeto e algumas das composições, junto com Abigail Moura. Há exatamente um mês, ele celebrou seus 80 anos no mesmo Teatro Ipanema, durante show da Orquestra Afro-Brasileira.
Diz a pasta que o percussionista também mostrou a força da música afro-brasileira com o grupo Quase Tudo Pandeiro no Todas as Bossas, mesclando vários ritmos, passeando por jongo, maracatu, congada e ciranda.
Considerado uma referência em ritmos afro-brasileiros, Carlos Negreiros deixa mulher, amigos e admiradores.