Carnaval Salvador – Cento e vinte observadores combaterão a violência racial, de gênero e homofóbica, durante a folia

“Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direito”. Esta é a premissa para a execução dos trabalhos do Observatório da Discriminação Racial, Violência Contra a Mulher e LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) que atuará pela sétima vez no Carnaval. Nesta quinta-feira (16), às 17 horas, no posto localizado na Ladeira de São Bento, servidores da Secretaria Municipal da Reparação (Semur), iniciam a fiscalização que pretende identificar atos de discriminação e violência racial, de gênero e homofóbica, durante a folia.

Cento e vinte observadores estarão distribuídos em pontos estratégicos dos circuitos da festa e nos seis postos instalados em vários pontos da cidade (Cruzeiro do São Francisco – SPD; Ladeira de São Bento; Lapa; Camarote Casa dos Bailes – Casa d´Itália; Assufba e Faculdade Social da Bahia – Ondina). A missão é contribuir para a realização de uma festa popular tranquila e em igualdade para todos os foliões, independente da cor, gênero ou orientação sexual.

O observatório atua em Salvador desde o Carnaval de 2006 e tem por finalidade mapear dados que comprovem a existência de ações discriminatórias raciais, de gênero e homofóbicas na festa. Os casos registrados servem de subsídios para a formulação e implantação de políticas públicas, voltadas para a prevenção de discriminações e desigualdades, motivadas por raça, gênero e orientação sexual.

Ano passado, foram registrados 350 casos, entre denúncias e observações. A maioria dos registros, de acordo com o secretário da Reparação Ailton Ferreira, foi de racismo. “Em seguida vieram as ocorrências de agressão à mulher e homofobia”, assinalou. Além dos observadores que estarão nas ruas, o folião que sofrer algum tipo de discriminação pode procurar um dos postos e fazer sua denúncia.

Fonte: Tribuna da Bahia

+ sobre o tema

Tenista brasileiro Guilherme Clezar é multado em US$ 1,5 mil após gesto considerado racista

O tenista Guilherme Clezar recebeu neste sábado uma multa...

Movimento Negro de Pernambuco comemora 35 anos discutindo importância das cotas

Foto: Tânia Rego / Acervo Agência Brasil O movimento negro...

Justiça manda bloquear redes sociais de influenciadoras investigadas por racismo

A Justiça do Rio de Janeiro determinou nesta terça (13) o...

Polícia apura crime de tortura contra quilombola amarrado e agredido no RN

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte abriu...

para lembrar

A alegria pela ascensão da esquerda na América Latina

Ainda com a cabeça fervendo, mas acho de uma...

Oficial PM acusado de lançar spray de pimenta em crianças no Morro do Bumba é promovido a major

O ex-capitão, atual major da PM Bruno Schorcht, transferido...

Antirracismo é o núcleo central da luta antifascista no Brasil

Nos últimos dias, cresceu a visibilidade da luta contra...

Primeira vereadora negra eleita em Joinville é vítima de injúria racial e ameaças

A vereadora Ana Lúcia Martins (PT) é a primeira...
spot_imgspot_img

Réus são condenados pela morte do congolês Moïse Kabagambe

O I Tribunal do Júri da Capital condenou, na noite desta sexta-feira, os dois réus pela morte do congolês Moïse Kabagambe, em 24 de...

A segunda morte de George Floyd: governo dos EUA pode perdoar seu assassino

No seu discurso de posse na Casa Branca, o presidente Donald Trump citou o reverendo Martin Luther King Junior para definir a sua ideia de Estado democrático de...

Mortes por policiais crescem 61% em SP em 2024, mas PM faz menos apurações

Mesmo diante do aumento das mortes durante ocorrências policiais, a Polícia Militar de São Paulo registrou queda em todos os índices de investigação interna (procedimentos...
-+=