Chiquinha Gonzaga recebe homenagem do Google: saiba biografia da pianista

Pianista brasileira compôs mais de 2 mil músicas e faria 171 anos nesta quarta-feira (17). Biografia da compositora motivou minissérie da Globo.

Por Beatriz Cardoso, do TechTudo

Chiquinha Gonzaga, compositora brasileira, completaria 171 anos nesta quarta-feira (17). O Google substituiu o logo clássico do buscador por uma imagem de Chiquinha Gonzaga, em homenagem a suas músicas e seu aniversário. O Doodle animado mostra a compositora tocando um piano, seu instrumento musical preferido, enquanto anota a canção em uma partitura. A figura é ainda ornamentada por rosas amarelas, que combinam com o vestido da artista negra, nascida Francisca Edwiges Neves Gonzaga.

A compositora é conhecida como uma das precursoras do gênero choro por sua música mais famosa “Atraente”, “Ó Abre Alas” e “Lua Branca”, e é considerada uma figura revolucionária por escrever canções durante os séculos 19 e 20, quando mulheres não eram comuns nem aceitas nesse ramo. Chiquinha Gonzaga teve três filhos do primeiro casamento, e uma filha do segundo. Ela foi uma personagem progressista por questionar os padrões femininos da sociedade da época e lutar contra a monarquia e escravidão.

Chiquinha Gonzaga toca piano em Doodle do Google — Foto: Reprodução/Google

Quem foi Chiquinha Gonzaga?

A biografia de Chiquinha Gonzaga começa no Rio de Janeiro, 171 anos atrás. Francisca Edwiges Neves Gonzaga descobriu seu interesse por música ainda jovem, aos 11 anos, idade em que aprendeu a tocar piano. A partir de então, lutou para se tornar uma musicista independente, apesar da desaprovação de seus pais.

Negra e neta de escrava liberta, Chiquinha se envolveu em questões políticas, defendendo o fim da monarquia e a abolição da escravidão. A compositora chegou a vender composições próprias para pagar pela alforria de um musicista escravizado conhecido como Zé Flauta. Sua música “Ó Abre Alas” foi inspirada no desejo por liberdade de escravos.

Chiquinha Gonzaga esteve diretamente ligada à criação do choro, participando de rodas de canções com outros musicistas de destaque dentro desse gênero, como Joaquim Antônio da Silva Callado. Além do choro, também compôs operetas de sucesso, como Forrobodó, que é até hoje uma das peças mais bem-sucedidas no Brasil desse tipo. Chiquinha também foi uma maestrina de sucesso, sendo a primeira mulher do país a reger uma orquestra.

A artista faleceu aos 87 anos, em fevereiro de 1935, e suas músicas ainda são populares entre o povo brasileiro. A extensa biografia de Chiquinha Gonzaga inspirou a minissérie de mesmo nome produzida pela Globo e transmitida em 1999. Está disponível no Google Arts & Culture uma exposição dos trabalhos de Chiquinha, e sua importância para a música atual.

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