Devotos tentam impedir Jesus Cristo Superstar no Brasil

 

Em petição online, Associação Devotos de Fátima exige que o Ministério da Cultura não patrocine o musical Jesus Cristo Superstar

Por Isadora Otoni

Após a divulgação de cartazes da peça Jesus Cristo Superstar, prevista para estrear em São Paulo no dia 14 de março, grupos religiosos reagiram contra a obra. A Associação Devotos de Fátima criou uma petição online para impedir que o musical seja exibido no Brasil, sob a justificativa de que o Estado está violentando “barbaramente” a fé cristã. Entretanto, para não ser caracterizada como pedido de censura, a associação exigiu que o Ministério da Cultura não promovesse a peça por meio da Lei Rouanet.

“Se o Estado é laico, a maioria do Brasil é cristã, e a peça configura um desrespeito ao nosso senhor”, declarou Daniel Félix de Souza Martins, assessor da ADF. Ou seja, o financiamento de atividades culturais só deve ser feito àquelas que agradem a maioria dos brasileiros. Segundo ele, uma comissão da associação apurou que mais de R$ 5 milhões foram liberados para a peça. Quando questionado sobre o financiamento com dinheiro público da Jornada Mundial da Juventude, evento cristão, ele comentou: “Não estou dizendo que o Estado não deva favorecer a religião, estou dizendo que eles usam o argumento de Estado laico para justificar uma peça dessas ser financiada pelo governo”.

Mesmo sem nunca ter assistido ao musical, Daniel contou que teve acesso a informações que comprovam o caráter ofensivo da peça. “Isso não é arte, isso é uma blasfêmia”, opinou. Ele argumentou: “Na peça, Jesus Cristo tem um caso com Maria Madalena, o que é uma inverdade histórica. Tudo bem que é um teatro, mas isso é um desrespeito à figura venerável de Jesus Cristo”. Para o assessor, o Ministério da Cultura deveria ter proibido a exibição de Jesus Cristo Superstar apenas por seu caráter imoral. Isto é, uma peça artística que fere as morais cristãs não pode ter apoio financeiro nem sequer ser exibida.

A versão da Broadway chegou a ter 14 indicações de prêmios nos Estados Unidos. Mesmo assim, Daniel condena esse tipo de arte. “Os prêmios que a peça ganhou nos Estados Unidos foram concedidos por órgãos de arte, que estão infiltrados por gente que não liga para a fé”, disse.

Por fim, o assessor da ADF tentou fazer uma comparação: “Se uma foto de sua mãe estivesse em praça pública sendo apedrejada e cuspida, qual seria a sua reação?”. Entretanto, não foi possível relacionar o exemplo a nenhuma cena de Jesus Cristo Superstar.

Fonte: Spresso SP

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