Diogo Silva diz não se arrepender de escolhas e lembra sucesso o Pan

 

O lutador de taekwondo Diogo Silva, lembrou as consequências do sucesso nos Jogos Panamericanos de 2007, no Rio de Janeiro, em sua carreira.

Durante um bate-papo com os leitores da BBC Brasil na quarta-feira, o atleta afirmou que por causa das oportunidades que teve após o Pan, não conseguiu a classificação para a Olimpíada de Pequim, em 2008.

– Fiquei de fora de Pequim pois não dei atenção o suficiente aos treinamentos. Tive uma oportunidade única no momento de melhorar a condição de vida da minha mãe, então tive que abrir mão de muitos treinos para fazer matérias e programas na TV, viagens, etc. E isso custou a vaga para Pequim, mas não me arrependo, pois era uma escolha e graças ao que colhi dos Jogos Panamericanos eu melhorei de vida – disse.

Aos 30 anos, Silva também foi campeão mundial universitário em 2009 e foi o primeiro atleta brasileiro a se classificar para os jogos de Londres, na categoria até 68kg.

Ele diz que treina cerca de 25 horas por semana para se preparar contra seus principais adversários na Olimpíada, os atletas do Irã e da Turquia, e afirma que o Brasil tem boas chandes de medalhas em 2012.

– O taekwondo está bem visto, pois estamos só crescendo em termos de resultados internacionais. Nossas chances em Londres são grandes e pelo número de categorias que temos nos Jogos Olímpicos comparados com as outras modalidades, temos muito mais resultados.

Gesto de protesto

Em 2004, na Olimpíada de Atenas, o lutador ficou em quarto lugar. Na ocasião, o brasileiro também ficou conhecido por lembrar o gesto dos Panteras Negras ao protestar contra a falta de incentivo ao taekwondo no Brasil.

Desde então, Diogo tem manifestado com frequência e desenvoltura suas opiniões sobre problemas raciais e sociais do país e diz que já foi prejudicado pelos posicionamentos políticos.

– A ideia (do gesto dos Panteras Negras) surgiu porque (eu) havia lido muito sobre manifestos em prol do esporte em Olimpíadas passadas. Eu pensei em dar um impacto no Brasil para abrirem os olhos para as modalidades que não têm ou não tinham incentivo. O impacto que deu foi aquilo lá, muita gente caiu matando. (Recebi) críticas de dirigentes, dos grandes. Mas trouxe coisas positivas para o Brasil – afirmou.

Segundo o lutador, o Brasil “ainda tem que evoluir muito para comportar um evento” como as Olimpíadas de 2016, apesar da oportunidade que os Jogos oferecem para modalidades esportivas menos conhecidas.

Diogo disse ainda que pretende se encerrar a carreira em 2017, depois de participar da Olimpíada no Rio. “Penso em trabalhar na área de gestão do esporte, mas não especificamente no taekwondo. (Quero) aproximar empresários e mídias de modalidades pouco difundidas.”

 

 

Fonte: Correio do Brasil

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