O alto índice de exclusão racial demonstrado em pesquisas realizadas com as empresas brasileiras motivou o grupo de trabalho da instituição Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes (EDUCAFRO) a se reunir com o procurador-geral do Trabalho, Luís Camargo, nesta terça-feira (18), em Brasília.
A ideia é traçar metas de inclusão nos setores econômicos. Um ano após a sanção da lei 12.228, que determina cotas para negros no mercado de trabalho, de acordo com a Educafro, poucas coisas avançaram. Entre os assuntos debatidos, os representantes da instituição ressaltaram a falta de uma pesquisa realizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), para demonstrar o cenário atual das contratações de negros. A violência contra a raça por parte dos seguranças de supermercados também foi assunto na reunião. Os presentes também demonstraram preocupação no que diz respeito à falta de negros ocupando cargos de chefia.
Luís Camargo ressaltou a importância do encontro e falou que o MPT tem a missão de eliminar qualquer forma de discriminação no trabalho. “Temos o compromisso de buscar o que preveem as convenções 100 e 111 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que tratam da igualdade de condições de trabalho e salários entre homens e mulheres e o combate à discriminação racial no ambiente de trabalho”, afirma o procurador-geral do Trabalho.
Uma agenda de trabalhos foi sugerida pela Educafro e vai ser encaminhada à procuradora do Trabalho e Coordenadora Nacional de Promoção de Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho (Coordigualdade), Andrea Lino Lopes. As propostas apresentadas serão debatidas em uma audiência pública a ser realizada na Procuradoria-Geral do Trabalho.
Fonte: 180 Graus
