Esther Vivas: “A sociedade é um meio hostil às mães e à criação dos filhos”

Jornalista e escritora espanhola defende que a maternidade seja feminista e abraçada por políticas públicas. Ao EL PAÍS, autora do livro ‘Mamá Desobediente’ reflete sobre os desafios que as mães de hoje enfrentam

Por DIANA OLIVER, do El País 

Mulher negra gravida, de turbante, em pé com a mão na barriga
(Foto: Pexels)

“O ideal materno oscila entre a mãe sacrificada, a serviço da família e das crianças, e a superwomancapaz de conseguir tudo conciliando trabalho e criação dos filhos.” Com essa frase lapidar a escritora Esther Vivas inicia seu livro Mamá Desobediente. Una Mirada Feminista a la Maternidad (Na tradução literal “Mãe Desobediente. Um olhar feminista para a maternidade”, publicado na Espanha e ainda inédito no Brasil), em que a jornalista espanhola analisa os desafios das mães de hoje. Faz isso com seu habitual estilo reivindicativo e sem esquecer de onde vamos e para onde vamos, baseando-se em interessantes referências que vão das sufragistas às associações que dão visibilidade a fenômenos como a amamentação e o parto. Também nos põe frente a frente com questões tão polêmicas como a maternidade sub-rogada, as licenças por paternidade e maternidade iguais e intransferíveis, a violência obstétrica, o direito a um parto respeitado e o negócio da lactação artificial. “A forma como vamos viver a maternidade depende não só das práticas que possamos levar a cabo, mas também do meio onde se exerça essa maternidade”, diz a autora. Uma maternidade que, na opinião da jornalista espanhola, não poderemos viver livremente se não nos rebelarmos contra o establishment. Ou, indo além, se não transformarmos a maternidade em um assunto público, para que ocupe o lugar onde sempre deveria ter estado. Neste Dia da Mulher, celebrado todo 8 de março, a maternidade é um dos temas centrais quando analisamos as mudanças necessárias para alcançar a igualdade de gênero na sociedade.

Leia a matéria completa em El País 

+ sobre o tema

Fátima Oliveira: Senador maranhense, Gracimar e a maca fria do corredor do hospital

Ao fazer uma limpa em meus guardados, de vez...

Quem é a autora negra que mesmo sem contrato grande será lida por milhões?

A escritora Cidinha da Silva tem 17 livros publicados,...

O penúltimo capítulo da novela de Euclides da Cunha

Um caderno escrito por sua mulher, Anna Emília Ribeiro,...

Escândalo machista poderá “implodir” campanha de Trump?

Comentários obscenos feitos há 11 anos por Trump causaram...

para lembrar

Cantora baiana é agredida por taxista após se queixar de assédio

A cantora baiana Aiace Félix, vocalista da banda Sertanília,...

Projeto reúne dados de violência contra lésbicas no Brasil

'As lésbicas são invisibilizadas em vida e em morte',...

Estamos prontas: os movimentos de mulheres negras passam da resistência ao poder!

Os movimentos de mulheres negras passam da resistência ao...
spot_imgspot_img

Prêmio Faz Diferença 2024: os finalistas na categoria Diversidade

Liderança feminina, Ana Fontes é a Chair do W20 Brasil, grupo oficial de engajamento do G20 em favor das mulheres. Desde 2017, quando a Austrália sediou...

Dona Ivone Lara, senhora da canção, é celebrada na passagem dos seus 104 anos

No próximo dia 13 comemora-se o Dia Nacional da Mulher Sambista, data consagrada ao nascimento da assistente social, cantora e compositora Yvonne Lara da Costa, nome...

Mulheres recebem 20% a menos que homens no Brasil

As mulheres brasileiras receberam salários, em média, 20,9% menores do que os homens em 2024 em mais de 53 mil estabelecimentos pesquisados com 100...
-+=