Geledés -Instituto da mulher Negra entra na campanha do Setembro Amarelo para a prevenção ao suicídio e pela saúde mental da população negra.
De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, 800 mil pessoas no mundo, por ano, cometem suicídio. O número é alarmante e Geledés entende ser necessário haver um trabalho de conscientização sobre a temática.
No Brasil, de acordo com pesquisa do Ministério da Saúde, publicado em 2018, a possibilidade de um adolescente ou jovem negro do sexo masculino na faixa etária entre 10 e 29 anos de cometer suicídio é 45% maior do que um não branco.
Neste sentido, a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra reconhece o racismo, as desigualdades étnico-raciais e o racismo institucional como determinantes sociais das condições de saúde da população negra brasileira.
No Brasil, é possível ter o atendimento a problemas de saúde mental gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). As Unidades de Saúde Básica (UBS) atendem os casos leves. A consulta funciona como em qualquer outro problema de saúde: o clínico geral atende e, se houver necessidade, encaminha para um psiquiatra, psicoterapeuta ou outro profissional indicado.
Se o caso for considerado grave, é preciso procurar os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) que fazem parte da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), responsável pela formulação de diretrizes e estratégias em saúde mental. Nos CAPS, os professionais da saúde, psiquiatra, assistente social, e psicólogo, trabalham em conjunto.
Para alguns esclarecimentos sobre o tema, Geledés fez uma live com a psicóloga Mônica Gomes, doutoranda na Faculdade de Saúde Pública da USP, pesquisa os engendramentos entre as formações raciais brasileiras, com ênfase no racismo, e o campo da Saúde Pública. Em 2017, Mônica concluiu mestrado em Ciências pela Faculdade de Saúde Pública da USP, tendo desenvolvido com o auxílio do CNPq a pesquisa “Raça e Saúde: Concepções, Antíteses e Antinomia na Atenção Básica”.